segunda-feira, 20 de abril de 2015

ESTUDO DE GÊNESIS 6/8

Aula da EBD FEC - 19/04/2015

GÊNESIS 6

v.1,2 – Dois fatores ocasionaram a iniquidade no mundo antigo:
a) O crescimento da raça humana gerou a depravação dos homens, transformando a benção da multiplicação (ordenada por Deus) em maldição. Ver Pv 29.16. Doenças infecciosas são mais destrutivas em cidades com grande população, e o pecado é uma lepra contagiosa. A igreja, quando o número de discípulos foi multiplicado, houve murmuração (At 6.1), e nós descobrimos uma nação que foi multiplicada, e não para a sua alegria (Is 9.3).
b) Casamentos mistos – os filhos de Deus, isto é, os membros da religião (filhos de Sete), que eram chamados pelo nome do Senhor, desposaram as filhas dos homens, isto é, pessoas profanas e estranhas a Deus. A posteridade de Sete se misturou com a de Caim. Ver 1 Co 6.10 e Dt 7.3,4.
            A teoria de que os filhos de Deus eram anjos caídos não subsistem, pois anjos não se casam ou reproduzem (Mt 22.30). A expressão “tomaram para si mulheres” é usada no Velho Testamento somente como referência ao casamento legítimo, não para relações sexuais ilícitas.
v.3 – O Espírito Santo contende com os pecadores através das condenações e advertências da consciência, para trazê-los de volta pra Deus. Embora a pessoa possa contender por muito tempo, não será para sempre (Os 4.17).
            Esta afirmação tem sido explicada por alguns estudiosos como se Deus concedesse às pessoas, nos dias de Noé, 120 anos para mudarem seus caminhos pecaminosos. O tempo dado por Deus para nós pode estar se esgotando também, então devemos buscar o Seu perdão enquanto há tempo.

v.4,5Nefilins – eram gigantes e homens de renome. Eles eram o terror dos heróis na terra dos viventes, violando direitos e passando por cima de tudo o que é sagrado. Mediam aproximadamente 3 metros de altura (ver Nm 13.33). Golias tinha aproximadamente 2,7 metros.
v.5 – Nos dias de Noé, o pecado abertamente se manifestava no ser humano, de duas principais maneiras: a concupiscência carnal e a violência.

v.6,7 – Deus se sentia ferido e ofendido pela iniquidade humana. O “arrepender” não insinua qualquer emoção ou desconforto em Deus, mas sim o seu justo e sagrado desgosto contra o pecado e os pecadores. O Senhor se sente como os homens se sentem quando são prejudicados e maltratados por pessoas que foram ajudadas anteriormente. Porém, a palavra arrependimento nunca foi dita por Deus no tocante a restauração do homem, pois a graça especial e efetiva é dada para assegurar os grandes objetivos da redenção. Deste modo, os dons e chamadas são sem arrependimento (Rm 11.29).
            Deus altera sim seus sentimentos, atitudes, atos e intenções, conforme as pessoas agem diante da Sua vontade.
            O Senhor fala do homem como a sua criatura, mesmo quando decide sobre a sua destruição. Em outras palavras, mesmo tendo criado os homens, isso não os isentará da destruição – ver Is 27.11. Se Aquele que é o nosso criador não for o nosso soberano, Ele será o nosso destruidor.
            É bom falar também que a arca, um meio de salvação, era uma simples e clara figura de Cristo. Passando pelas águas da morte, saiu a salvo numa nova criação.
            O juízo, é bom falar, que é uma obra estranha de Deus (Is 28.21), pois é diferente da obra que Ele tem prazer em fazer: misericórdia. O juízo tem cinco aspectos:
1°) é para a glória de Deus;
2°) é para a instrução das nações (Is 26.9);
3°) é purificador (Gn 15.16 e Lev. 18.25);
4°) é uma libertação do mal;
5°) é profético (Lc 17.26,27).

v.8,10 – Quando o Senhor estava desgostoso com o mundo, Ele foi generoso com Noé, o que indica a justiça de Deus, pois o Senhor o descobriu e sorriu pra ele. Graças diferenciadas demandam obrigações particularmente severas. É provável que Noé não tenha encontrado graça perante os homens, mas encontrou perante Deus. Ver 2 Co 5.9.
            Vejamos algumas características de Noé:
a) justo – ele foi justificado diante de Deus pela fé na semente prometida, pois ele era um herdeiro da justiça que é segunda a fé (Hb 11.7);
b) íntegro – em suas conversas, procurava conscientizar os seus semelhantes que deveriam cumprir as obrigações que tinham com Deus e com os homens;
c) honesto – ninguém, a não ser que seja totalmente honesto, consegue alcançar graça diante de Deus.

v.13,21 – Deus fez de Noé seu homem de confiança, comunicando a destruição do mundo pela água. Existe algum momento parecido com esse na Bíblia? Sim, com Abraão – ver Gn 18.17. Devemos notar que o segredo do Senhor é para aqueles que o temem (Sl 25.14), Ele era conhecido pelos seus servos através do Espírito que os informava, particularmente, dos seus propósitos.
v.14 – A palavra hebraica traduzida aqui como arca significa um objeto apropriado para flutuar, e ocorre somente aqui e em Êx 2.3,5 (cesto flutuante de Moisés).
            A capacidade de carga da arca equivalia a um trem com 300 vagões, e podia comportar cerca de 7000 animais. Era do tamanho de um campo e meio de futebol, e mais alta que um prédio de quatro andares.
            Deus poderia ter destruído o mundo de outra forma? Existe algum outro exemplo além do citado acima de Abraão? Podemos citar a morte dos primogênitos egípcios, mortos por um anjo do Senhor. Deus poderia ter colocado um sinal na família de Noé, mas Ele optou pelo dilúvio.
v.22 – O que fez Noé ser tão cuidadoso e obediente a Deus?
a) Sua fé em Deus. Noé creu, temeu o dilúvio e construiu a arca. A fé de Noé triunfou sobre toda a incredulidade da destruição;
b) Obediência – Não foi uma tarefa fácil para Noé, podemos imaginar o quanto de humilhação deve ter sofrido, escutando coisas do tipo “A loucura de Noé”. Agora, ele recebeu a ordem e cumpriu. E nós, temos cumprido as ordens de Deus?
c) Para a sua própria segurança – Ele temia o juízo de Deus, e prezou pela sua segurança e de sua família. Quando Deus alerta sobre julgamentos que se aproximam, é uma atitude de bom senso nos prepararmos – Ex 9.20,21 e Ez 3.18.

            Será que Noé avisou as pessoas? É provável que Noé tenha falado aos seus vizinhos da ira vindoura de Deus (ver 1 Pe 3.20), e deve ter sido alvo de muita zombaria. Porém, Deus confirma as Palavras de seus mensageiros (Is 44.26).

GÊNESIS 7
v.1 – Pares de cada animal se juntaram a Noé na arca; sete pares foram dentre os animais para serem usados em sacrifícios. Estudiosos afirmam que cerca de 45.000 animais podem ter entrado na arca.
            Apesar de ter construído a arca, Noé não entrou nela até Deus o convidar. Deus não mandou, apenas o convidou, indicando assim que iria com ele e sua família.
v.2 – Como tantos animais ficaram dentro da arca sem devorarem uns aos outros? E como animais de tamanhos enormes, como elefantes, cabiam lá?
            A explicação mais coerente com a Palavra de Deus é a seguinte: sabemos hoje que existem animais que hibernam durante o inverno, num período de frio intenso e pouco alimento. Ex: ursos. Creio que Deus transformou aquele ambiente escuro e apertado num local propício para que hibernassem, eliminando assim a preocupação com as fezes e alimentação de cada animal de grande porte.
            No tocante ao tamanho, em nenhuma parte da Bíblia fala-se de animais adultos, somente a quantidade de animais que deveriam entrar na arca, portanto, creio que Deus possa ter enviado filhotes, machos e fêmeas de cada espécie, assim economizaria em muito o espaço na arca.

v.6 – Pedro refere-se ao dilúvio para relembrar que Deus julgará o mundo outra vez, mas agora por fogo (2 Pe 3.10). Tal julgamento resultará no derramamento da ira de Deus sobre os ímpios, como nunca houve na história. Deus nos chama para pregar aos ímpios o arrependimento, se voltando para Deus e, assim, conseguindo a sua salvação.

v.11,12 – Dois eventos precipitaram o dilúvio: a implosão de imensos reservatórios de águas subterrâneas, por terremotos e maremotos, além de chuvas torrenciais que caíram na terra por quarenta dias.
            A água cobriu todos os altos montes, o que significa um dilúvio universal, não apenas localizado. Foi apenas depois de 150 dias que a água começou a baixar. Noé desembarcou da arca 377 dias após o início do dilúvio.
            Em 2 Pe 3.6 está escrito que o mundo antediluviano “pereceu”, ou seja, todas as convulsões sofridas pela terra, a sua topografia foi grandemente modificada.

GÊNESIS 8
v.1 – Deus não falou com Noé por 150 dias. Sua fé estava sendo provada, pois ele não tinha a mínima ideia de quando a água baixaria. Se já faz tempo que Deus não age em sua vida, pode ter confiança que Ele agirá de novo, mas, enquanto isso, temos o dever de buscar ao Senhor e continuar obediente.

v. 20 – Aqui começa a terceira dispensação, a do Governo Humano. Tanto na consciência quanto na inocência, o homem fracassou. A declaração da aliança com Noé sujeita a humanidade a uma prova. O homem seria responsável por governar o mundo segundo a vontade de Deus.

Fontes: Bíblia de Estudo Pentecostal; O Novo Comentário Bíblico; Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário