quinta-feira, 14 de junho de 2012

MOISÉS


            O tempo passou desde que José governou o Egito. Novos reis foram governando o Egito, até chegar um ao poder que não tinha ouvido falar de José; com isso, não respeitou o povo hebreu e resolveu colocar uma carga de tributos e trabalho excessiva para eles, pois temia que viessem a se voltar contra os egípcios, já eram muito numerosos. Mesmo com todas as suas artimanhas, o povo israelita continuava a se multiplicar, quando então o rei deu uma ordem absurda para as parteiras: que matasse todos os homens que nascessem, poupando apenas as meninas. Porém, como as parteiras eram tementes a Deus, não fizeram conforme a ordem do rei. Descobrindo a verdade, faraó mandou então que jogassem os meninos no rio, para morrerem lá. Tal situação nos mostra a fúria que o diabo possui em nossas vidas, querendo nos destruir desde a tenra idade.
            Quando Moisés nasceu, ficou escondido por três meses. Após esse tempo, com medo de que o menino fosse descoberto, a sua mãe o colocou dentro de uma arca, tentando protegê-lo ao máximo, e o lançou no rio. A irmã de Moisés foi acompanhando-o de longe, quando percebeu que a filha do faraó avistou a arca e se emocionou com o menino; rapidamente, a irmã de Moisés aproximou-se e a aconselhou que uma hebreia servisse como ama para o menino, ou seja, Deus permitiu que a própria mãe de Moisés continuasse com o menino, pelo menos por um pouco mais de tempo, agora em segurança; com o menino maior, o levou até a filha do faraó, que o adotou, dando-lhe o nome de Moisés (porque das águas o tenho tirado).
            Deus já tinha planos com Moisés, por isso permitiu que ele fosse criado pela filha de faraó. No palácio recebeu estudo, educação e conheceu de perto como funcionava o governo do Egito, pois seria muito útil no futuro tais informações. O ministério de Moisés, que sequer tinha começado ainda, prenuncia o de Cristo, pois: 1) Ambos foram alvos de tentativa de morte quando eram bebês; 2) Ambos ministraram como profetas, sacerdotes e pastores; 3) Ambos sofreram com o povo de Deus, livraram o povo da escravidão e instauraram um concerto.
            Já crescido, Moisés cometeu um homicídio, defendendo um hebreu de um egípcio. Com a descoberta do fato por parte do faraó, Moisés fugiu do Egito e foi habitar em Midiã, onde acabou se casando com Zípora, filha de um sacerdote. Ele permaneceu ali por quarenta anos, onde Deus o preparou para a sua futura tarefa na mesma região, o deserto de Sinai. Além de preparar Moisés, esse lapso temporal de quarenta anos serviu para o povo de Israel clamar ao Senhor pedindo socorro, e quando os israelitas se voltaram para Deus o Senhor se voltou para eles também.
            Nesses quarenta anos de deserto, Moisés ficou apascentando as ovelhas do sogro. A educação que recebeu no Egito era insuficiente para capacitá-lo para a obra de Deus. A sua solidão com Deus e o intenso trabalho foram necessários para o futuro trabalho de pastorear Israel.
            Quando Moisés encontrou no deserto a sarça ardente, a primeira coisa que Deus lhe pediu foi para tirar os sapatos, pois ali era um local santo, ou seja, a revelação inicial de Deus para Moisés foi a sua santidade. Santidade significa separação do pecado e de todo o mal, além de dedicação a Deus. É importante notar que a revelação inicial de Deus para Abraão foi do seu grande poder, enquanto para Moisés foi da sua santidade, e assim percebemos que a revelação do Senhor para nós foi progressiva.
            Em Ex 3.7, o Senhor falou que ouviu o clamor do seu povo. Assim como naquele tempo, Jesus hoje também está atento as nossas aflições. Em tempos difíceis, os santos precisam clamar a Deus para que Ele intervenha com misericórdia em nosso favor, e no tempo certo o Senhor nos livrará.
            Moisés, como nós hoje em dia, queria se eximir do chamado, perguntando quem era ele para fazer tal coisa. Realmente, nós, sozinhos, não somos rigorosamente nada; porém, Deus disse que estaria com ele, e esse é o segredo da vitória, a presença do Senhor em nossas vidas. É Ele quem nos capacita, nos dá coragem, que derruba as muralhas por nós, só Ele pode fazer isso. Na nossa caminhada, além de  nos capacitar, Ele nos avisa com antecedência de que algo ruim pode acontecer, como no caso de Moisés a resistência e perseguição de faraó, mas no final Cristo nos dará a vitória.
            Durante a sua volta para o Egito, aconteceu algo que poderia ter ocasionado a morte de Moisés. Ex 4.24 diz: "E aconteceu no caminho, numa estalagem, que o Senhor o encontrou e o quis matar". Aqui Moisés tinha negligenciado o sinal do concerto com o seu próprio filho. Diante de Deus isso foi um sinal claro de desobediência por parte de Moisés e sua esposa. Certamente Deus o feriu com uma doença potencialmente fatal, até que ele mandasse circuncidar o seu filho. Esse incidente demonstra que a eleição de um indivíduo por Deus continua somente quando ele permanece em obediência.
            No início de Ex 5, nós vamos perceber um conflito entre o nosso Deus e alguém que se proclamava um Deus, o faraó. Faraó questionava o poder do Deus de Israel, afinal de contas ele escravizava os israelitas, e com isso seria mais poderoso que o nosso Senhor. As dez pragas enviadas ao Egito foram o método de Deus demonstrar ao seu povo que Ele era mais poderoso que todo e qualquer deus egípcio.
            Quando o Senhor tem projetos em nossa vida, e tais projetos começam a ser revelados, o diabo fará de tudo para frustrá-los, e foi o que faraó fez. Ele aumentou o serviço dos israelitas, fato que os levou a reclamarem de Moisés e Arão; Moisés então foi procurar a face do Senhor, que então revelou seus planos, dizendo que iria salvar os israelistas. A partir daí, as pragas começaram a recair sobre o Egito e o seu povo: as águas tornaram-se sangue, rãs, piolhos, gafanhotos, e o faraó sempre prometendo que iria libertá-los, mas sempre voltava atrás em sua decisão, até que chegou o momento crucial: a morte de todos os primogênitos, com exceção dos israelitas e de seus animais. Para isso, bastava que colocassem sangue em suas portas. E aconteceu que, à meia-noite, todos os primogênitos foram mortos, até mesmo o filho de faraó, que finalmente deu autorização para que saíssem do Egito.
            Deus não tirou Israel do Egito porque os israelitas tinham grande fé, mas por causa da sua graça e das promessas. No começo, a fé que tinham era fraca, mas Deus, através das dez pragas sobre o Egito, pelas quais Ele revelou-se a si mesmo e o seu poder e cuidado por Israel, edificando-lhes a fé até conseguirem confiar NEle e lhe obedecerem.
            Quando começaram a andar pelo deserto, os israelitas tiveram cada vez mais provas do quanto Deus estava com eles. Colunas de nuvem e fogo os protegiam pela manhã e noite, maná caia do céu, o mar se abriu quando faraó e seu exército queriam destruir o povo, ou seja, em nenhum momento Deus os abandonou, mas mesmo assim não faltavam reclamações: por andarem sem parar, por não comerem carne, ou seja, eles simplesmente esqueceram que eram escravos e preferiam andar murmurando, e se existe algo que Deus odeia é murmuração, porque murmurar significa dizer que Deus não é Deus o suficiente.
            A intimidade de Moisés com Deus era realmente impressionante, a ponto do Senhor anunciar os dez mandamentos primeiro para ele. Os mandamentos foram escritos em duas tábuas de pedra pelo próprio Deus e entregues a Moisés e ao povo israelita. Os mandamentos serviam como um meio de Israel procurar viver em retidão com Deus, como também uma forma de obediência, para entrarem na terra prometida. Além dos dez mandamentos, outras leis passaram a reger o povo israelita, como as leis de propriedade, por exemplo.
            Moisés pode ser considerado como um grande exemplo de sacerdote, pois ele intercedia pelo povo. Em Ex 32 ele viu que o povo tinha construído um bezerro de ouro, e acabou quebrando as tábuas dos mandamentos, e teve o Senhor novamente que escrever tudo. Porém, seu coração era bom, e sempre intercedia em favor do povo, chegando até mesmo a falar para Deus que riscasse o seu nome do livro da vida. O Senhor também lhe deu instruções de como construir o tabernáculo, e assim foi feito, no momento em que Deus mandou.
            Saindo do livro de êxodo e chegando em Levítico, percebemos que o Senhor agora instituiu os sacrifícios, que serviam para expiar os pecados. Hoje, nós não precisamos mais disso, pois Jesus é o nosso cordeiro, e pelo Seu sangue nós somos perdoados!
            Já em Números, Deus manda Moisés numerar as tribos, e os coloca em ordem no acampamento, colocando os filhos de Arão e os levitas para trabalharem no tabernáculo. Chegou um momento, em Nm 11.12, que Moisés achou o seu cargo pesado, pois ele esperava conduzir o povo como um exército triunfante à terra prometida, mas ao invés disso se comportavam como bebês. Deus então colocou setenta anciãos para ajudá-lo na liderança espiritual do povo.
            Ao chegarem perto da terra prometida, doze homens foram enviados para observarem os moradores das terras, mas só Josué e Calebe confiaram nas promessas de Deus, os demais disseram que não daria para entrar lá, o que acabou por contaminar todo o povo. O Senhor, vendo isso, falou para Moisés e Arão que não permitiria que os murmuradores entrassem em Canaã, com exceção de Josué e Calebe, ou seja, de aproximadamente dois milhões só entrou em Canaã quem nasceu durante o percurso do deserto, além de Josué e Calebe.
            Em Nm 20, ocorreu algo que acabou por tirar a possibilidade do próprio Moisés entrar em Canaã. Deus havia lhe mandado que falasse para a rocha e que a mesma daria água, porém, como estava com raiva, bateu nela duas vezes e saiu a água. Como Deus não divide sua glória com ninguém, e não tem pacto com desobedientes, o Senhor não permitiria que Moisés entrasse na terra prometida. Deus permitiu que Moisés visse a terra que ele conduziu o povo por 40 anos, mas o exemplo de Moisés serve para nós também, porque somos ungidos do Senhor, mas isso não significa que Deus passará a mão nas nossas cabeças quando errarmos, Ele nos perdoa, mas as consequências ficam.

           
 Fonte: Bíblia de Estudo Pentecostal - CPAD.



sábado, 9 de junho de 2012

DEUS, SOCORRO VERDADEIRO!


Deus – Socorro verdadeiro

Salmos 46.1 “ Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.” Embora todo crente , às vezes passe por momentos de aridez espiritual,isto não deve ser normal, mas ainda assim  Deus quer estar perto do seu povo e prover-lhe ajuda e consolo.
Deus é um socorro bem presente para os que confiam nEle, mas os que não se arrependem não têm acesso ao Senhor.  A expressão “bem presente”, em hebraico, enfatiza a rapidez, a perfeição e o poder do socorro do Senhor. Em salmos 90.1: “Senhor,Tu tens sido nosso refúgio , de geração em geração. O salmista afirma que Deus tem sido sua morada anos após anos. Essa oração foi feita por Moisés  durante os 40 anos em que Deus como castigo fez o povo peregrinar pelo deserto por sua infidelidade, ele reconhecendo as falhas do povo orava para que Deus restaurasse a graça e a bênção sobre eles.
Salmos 121.1-2 “Elevo os olhos p/ os montes de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra.” Nosso socorro vem do nosso criador. Familiares, amigos,  ou riquezas não são nossa garantia de socorro nesta vida. Esse socorro está em Deus a fonte perfeita de satisfação  de nossas necessidades materiais e espirituais. Precisamos confiar nEle de todo coração.
Em Is.55.6 “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” Nós devemos procurar o Senhor e dirigir-lhe súplicas (oração feita com insistência e submissão) .  O tempo para  receber a salvação aqui tem limite. Chegará o dia em que Ele não será achado.
E Ele ouve nossas súplicas. Salmos 116.1-2 “Amo ao Senhor , porque Ele ouviu a minha voz e a minha súplica. Porque inclinou p/ mim os seus ouvidos ; portanto, invocá-lo-ei enquanto viver.”  E devemos pedir misericórdia (sua piedade e compaixão para conosco). Salmos 116-4 “ Então, invoquei o nome do  Senhor , dizendo :ó Senhor, livra a minha alma.”
Porque o Senhor é misericordioso Salmos 116.5 “  Piedoso é o Senhor e justo; o nosso Deus tem misericórdia.”
Nos momentos de crise e desespero Salmos 116.10 “ Cri, por isso, falei: estive muito aflito.” Devemos temer a Deus a tal ponto de percebermos que ainda que Ele seja justo, ainda assim sua misericórdia  se estende grandemente. 2Sm 24.14 “ Então, disse Davi a Gade: estou em grande angústia; porém caiamos nas mãos do Senhor, porque muitas são as suas misericórdias; mas nas mãos dos homens não caia eu.”  Vemos aqui uma declaração profunda de Davi, de seu temor e confiança em Deus, nas suas misericórdias. E em Js24.15 “ Porém, se vos parecer mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio,  ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e minha casa serviremos ao Senhor.”  No processo de salvação concedido por Deus, está a escolha individual, depende de cada um a quem servir.Precisamos por vez ou outra reafirmarmos nossa decisão feita de permanecer em fé e obediência, como temor ao Senhor, lealdade à verdade, obediência sincera e renúncia ao pecado e aos prazeres a ele associados.Deixar de servir ao Senhor resultará em destruição.Josué fez a maior declaração de fé e obediência de toda Bíblia.Sempre devemos escolher ficar ao lado do Senhor. O Senhor se agrada de quem espera por Ele Salmos 149.4 “porque o  Senhor se agrada do seu povo; Ele adornará os mansos com a salvação.”


ELE LADRA, MAS NÃO MORDE!



At 4.29,31 - "Agora, pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra, enquanto estendes a mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo nome do teu Santo Filho Jesus. E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus".

            Quem aqui já sofreu ou sofre algum tipo de ameaça do diabo? Todos nós vamos responder a pergunta de forma afirmativa, em especial o cristão, pois satanás sabe que o servo de Deus é uma arma poderosa que o Senhor possui para cumprir o seu plano de redenção aqui na Terra. A nossa preocupação deve ser a de identificar tal ataque desde logo, pois funciona como se fosse uma doença: quanto mais cedo identificada, maior a possibilidade de cura.
            O diabo tem todos os defeitos do mundo, mas burro ele não é. No momento da sua criação, os demônios eram santos e bons, pois Deus não criaria seres ímpios e miseráveis. Nós não sabemos ao certo como ocorreu a queda deles, pois a Palavra de Deus não nos revelou; alguns estudiosos citam o Salmo 2.6,7, que fala do momento em que Deus falou acerca do Reino do seu Filho Unigênito, que seria sobre toda criatura, e nesse momento o orgulho entrou nos outrora anjos de luz, pois comparavam-se com o Filho.
            Desde o tempo em que sacudiram deles a soberania de Deus, eles sacudiram toda a bondade também, e contraíram todos um caráter malévolo e ultra-pecaminoso. A partir daí eles estão cheios de orgulho, ódio, arrogância, soberba, exaltando-se a si mesmos. Portanto, qualquer pessoa que tiver essas características como normais na sua vida podemos afirmar, sem dúvida, que estão possuídas ou oprimidas.
            A Bíblia nos ensina alguma coisa a respeito dos demônios. Em primeiro lugar, algumas vezes lhes é permitido afligir os corpos dos homens, como vemos em Jó. Em segundo lugar, eles podem exercer influência maligna sobre as mentes e corações dos seres humanos. Os demônios se esforçam diariamente para destruir o homem, e infelizmente em alguns casos acabam conseguindo, devido a legalidade obtida na vida de tais pessoas. Eles são astuciosos e sabem como chegar em cada pessoa; se for alguém bondoso e caridoso lhe apresentará o kardecismo, mas se for um homem de negócios, bem sucedido materialmente falando, lhe apresentará a maçonaria, ou seja, ninguém está imune as suas investidas.
            O cristão também não está; a nossa diferença é que nós temos o que o mundo não tem, que é a presença do Espírito Santo de Deus em nossas vidas. Como dito nos versículos iniciais, o diabo é especialista em ameaçar, pois ele conhece o ser humano desde o primeiro que foi criado, portanto tem experiência de sobra para saber como mexer com os nossos sentimentos e, principalmente, com a nossa fé. Um demônio sabe gritar, manipular, aterrorizar, amedontrar, mas ele não sabe o que é amar, e é nesse ponto que o cristão obtém vitória, pois o amor de Deus por nós é maior do que qualquer investida maligna.
            Porém, não podemos deixar de observar certos cuidados, procedimentos, que nos farão resistir, pois a Bíblia diz para resistirmos ao diabo qur ele fugirá de voz. Então, nós devemos:
1) Vigiar - Hc 2.1: "Sobre a minha guarda estarei, e sobre a fortaleza me apresentarei, e vigiarei, para ver o que fala comigo e o que eu responderei, quando for arguido".

            A falta de vigilância é um mal recorrente no cristão. A Bíblia diz que devemos ser simples como as pombas e prudentes como as serpentes, só que muitas vezes no combate entre a carne e o espírito este acaba perdendo, quando deveria ser o contrário. Nós devemos vigiar ao falar, ao comer, ao tomar atitudes - sabendo se é ou não o momento certo de agir, ou seja, devemos ter sabedoria em todos os momentos da vida. Nós precisamos controlar a nossa mente, porque o que contamina não é o que entra e sim o que sai. O diabo coloca pensamentos em nossa cabeça diariamente, pensamentos de derrota, que incentivam a prática do pecado, mas o segredo da vitória é um só: nós não precisamos pensar em tudo que chega até a nossa mente. Se nós identificarmos o que Satanás tenta plantar na nossa cabeça fica muito mais fácil de cortar o mal pela raiz.

2) Orar - Mt 26.31: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca".

            Mateus coloca agora a oração junto com a vigilância. A oração é a nossa conversa com Deus, e o Senhor está limitado aqui na Terra pelas nossas orações. Deus tem todo o poder, Ele é o Criador do Universo, porém, se nós não tivermos uma vida consagrada a Ele de nada adiantará o Seu poder, porque estaremos deixando de fazer a nossa parte. Deus criou seres inteligentes, racionais, por isso que Ele respeita as nossas atitudes, os nossos sentimentos e não invade a nossa privacidade. A oração, em conjunto com o jejum, são as chaves para as nossas vitórias, e se não estamos colocando em prática tais ensinamentos do Senhor estamos sendo crentes relaxados.

3) Tomar atitudes - Ex 14.15 - "Então, disse o Senhor a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem".

            Deus não vai te carregar no colo e te dar sopinha na boca, porque Ele não tem peninha de você! Vai ter momentos em sua vida que as decisões estarão ali, bem na sua frente, e você terá que escolher; porém, se estivermos com a nossa vida no altar, essas decisões passaram antes pelo crivo de Deus, ou seja, quando você fizer a sua opção já deve ter anteriormente vigiado com suas palavras e atitudes, além de orado, pois assim saberemos a vontade do Senhor, que é a melhor para a nossa vida. Ele não nos obriga a seguir a Sua vontade, mas a vontade DEle é tão perfeita e suave que nós nunca queremos sair da sua presença.

            O diabo quer nos amedrontar, e colocará várias armadilhas pelo nosso caminho. As pessoas menosprezam satanás, mas na verdade ele é mais esperto e inteligente do que nós, porém é infinitamente inferior ao Deus que nós servimos, e é por isso que temos vitória, pois o Senhor nos revela e frustra os planos do inferno. Por serem inteligentes, os demônios possuem estratégias variadas, que se não estivermos muito atentos e em comunhão com o Espírito Santo poderemos cair nas suas armadilhas.
            Porém, a Bíblia diz em Sl 91.13 o seguinte: "Pisarás o leão e a áspide; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente". Portanto, meus irmãos, o diabo só pode te ameaçar, porque se você tiver compromisso com Deus Ele terá contigo também, e quem é de Deus o diabo não tem permissão de tocar! Ao seu redor tem anjos do Senhor te guardando dia e noite, sem cessar, porque Ele te ama tanto e cuida de você 24 horas por dia, antes mesmo de você nascer Ele já te amava e tinha te escolhido só para Ele. Vamos obedecer ao Senhor, reconhecer que os planos Dele para as nossas vidas são melhores que os nossos. Não vamos ser arrogantes, auto-suficientes, porque Deus se agrada é dos humildes; vamos derrubar os gigantes das nossas vidas, seja o que for: algum vício, pornografia, amor ao dinheiro, porque só assim vamos conseguir fechar tdas as brechas e ter autoridade como filho de Deus para repreender toda e qualquer tipo de artimanha maligna em nossas vidas.

Fontes: Bíblia de Estudo Pentecostal e Pentateuco.


JOSÉ



AULA 7 – JOSÉ

            José era um pastor de ovelhas, um idealista prático, o qual no inicio da sua vida teve sonhos que o animaram e guiaram por toda a sua vida. Ele manifestou talvez o caráter mais cristão de todas as pessoas no antigo testamento. A história dele nos revela como os descendentes de Jacó vieram a ser uma nação dentro do Egito. Esta seção de Gênesis não somente nos prepara para a narrativa do êxodo do Egito, como também revela a fidelidade que José sempre teve com Deus, e as muitas maneiras como o Senhor o protegeu e dirigiu a sua vida para o bem de outras pessoas. Ressalta a verdade de que os justos podem sofrer num mundo mau e iníquo, mas que, por fim, triunfará o propósito de Deus reservado para eles.
            Deus havia revelado a Abraão que sua descendência passaria quatro séculos em terra alheia. A paciência de Deus esperaria até que a maldade do amorreu chegasse ao ponto máximo até destruí-lo e entregar Canaã aos hebreus. É evidente também a necessidade de que Israel fosse para o Egito. A aliança matrimonial de Judá com uma Cananeia e sua conduta vergonhosa descrita em Gn 38 indicam-nos o perigo que havia em Canaã de que os hebreus se corrompessem por completo e perdessem seu caráter essencial. No Egito os hebreus não seriam tentados a casar-se com mulheres egípcias nem a se misturar com os egípcios, pois estes desprezavam os povos pastores. Além do mais, tão logo reconhecessem os planos dos israelitas de estabelecer-se permanentemente em Canaã, os cananeus os teriam exterminado. Tal coisa não aconteceria em Gósen. Ali, sob a proteção do poderoso Egito, os hebreus poderiam multiplicar-se e desenvolver-se até chegar a ser uma nação numerosa.
            José era muito amado por seu pai, Israel, por dois motivos: era um filho que nasceu já na velhice do seu pai, e também por ser filho de Raquel, a esposa que mais amava. Em Gn 37.3 diz que Israel fez uma túnica diferente para José do que a de todos os seus irmãos, o que revelava uma posição especial e honra diante do seu genitor. Como sempre, esse favoritismo entre filhos sempre gerou e gerará crises familiares, que em alguns casos podem trazer danos irreversíveis a vida dos envolvidos.
            Em Gn 37.5,6 a Bíblia nos diz o seguinte: “Sonhou também José um sonho, que contou a seus irmãos; por isso, o aborreciam ainda mais. E disse-lhes: Ouvi, peço-vos, este sonho, que tenho sonhado”. José revelou precipitação e imaturidade ao revelar o seu sonho aos seus irmãos. O propósito do sonho era propiciar-lhe revelação e fé para seu espinhoso futuro, e não para ser-lhe motivo de exaltação sobre seus irmãos. Em geral, não convém contar tais revelações até que se veja de que forma o Senhor as executará ou até que Ele mostre que devem ser contadas. Deus escolheu José para a missão de proteger a família de Israel no Egito, por serem seus padrões morais e sua dedicação a Deus e às suas leis claramente superiores aos dos seus irmãos.
            Continuando, agora em Gn 37.28, vemos o momento em que os irmãos de José o vendem por vinte moedas de prata aos ismaelitas, que o levaram para o Egito, onde foi novamente vendido para Potifar (José foi colocado num local onde seriam oferecidas a ele as melhores oportunidades de conhecer os costumes dos egípcios, de ser iniciado na arte de governar, e, sobretudo, de ser introduzido na presença de faraó). Embora José fosse tratado com crueldade pelos seus irmãos e tratado como escravo, Deus o livrou da morte naquele momento, e usou tais atitudes erradas dos homens para realizar o Seu propósito na vida do seu filho. No final deste capítulo, os demais filhos de Israel enviam para casa a túnica colorida de José com manchas de sangue de um cabrito, dizendo a seu pai que José tinha falecido, devorado por um animal.
            Após começar o seu trabalho da casa de Potifar, José começou a se destacar, e era assim devido ao fato de ser um homem comprometido com o trabalho e, acima de tudo, com Deus. A Bíblia diz que, por amor a José, o Senhor prosperava Potifar, até porque este era também bom para José. Potifar colocou todos os seus bens nas mãos de José, e a única coisa que lhe foi vedada foi justamente contrair relações com a sua esposa.
            Contudo, como o diabo veio para matar, roubar e destruir, resolveu colocar uma tentação no caminho do jovem varão. Vamos ler Gn 37.7,9: “E aconteceu, depois destas coisas, que a mulher de seu senhor pôs os olhos em José e disse: Deita-te comigo. Porém, ele recusou e disse à mulher do seu senhor: Eis que o meu senhor não sabe o que há em casa comigo e entregou em minha mão tudo o que tem. Ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher; como, pois, faria eu este tamanho mal e pecaria contra Deus”.
            A Bíblia diz que José era bonito, então a esposa de Potifar começou a assediar o jovem, que prontamente negou a investida, dizendo que não faria isso com o marido dela e, principalmente com Deus. José era um rapaz de caráter, dedicado e incorruptível, características que deveriam ser marcantes em todo crente, mas infelizmente hoje o cristão está mais carnal do que espiritual. As negativas de José para a mulher de Potifar eram constantes, até que chegou um dia que a mesma deu a sua cartada final: retirou todos os empregados da casa, ficando somente ela, até o momento em que chegou José. A mulher o agarrou e não restou outra alternativa a não ser fugir; porém, na pressa, não conseguiu pegar a sua veste que ela tinha tirado, e, com isso, a mulher mandou chamar os empregados e fingiu que José a tinha atacado, sendo que falou o mesmo para o seu marido, que, irado, mandou prender José junto com os presos do rei. É importante falar que, mesmo injuriado e difamado, José não reagiu acusando a mulher, nem se defendeu. Parece que o próprio Potifar duvidou da acusação e se irou porque havia perdido um escravo tão bom. Em vez de matá-lo, Potifar aplicou a pena mais leve possível para o caso.
            José triunfou sobre a tentação, porque de antemão já estava firmemente decidido a permanecer obediente ao seu Deus e não pecar. O crente do novo concerto vence a tentação da mesma maneira, ele precisa tomar uma decisão firme e resoluta de não pecar contra o Senhor. Havendo esse propósito, não poderá haver lugar para desculpas, exceções ou concessões. Agora, é bom falar que a vida de vitória sobre a tentação e a fidelidade a Deus nem sempre resultam em recompensa imediata. José sofreu por causa da sua retidão. Cristo declara que seus seguidores são também perseguidos por causa da justiça, e nos afirma que tais pessoas são bem aventuradas e que receberão um grande galardão no céu.
            Por que o Senhor permitiu a prisão de José? Ali ele aprenderia muito dos altos personagens que compartilhavam a prisão com ele, além de toda a privação que estava sofrendo na juventude contribuiu para formar um caráter firme, paciente e maduro, para que prestasse grandes serviços a Deus e aos homens quando chegasse o momento oportuno.
            Mesmo na prisão, a Bíblia diz que o Senhor estava com José; ele honrava a Deus e o Senhor o honrava, é simples assim, Deus possui compromisso com que tem compromisso com ele. Aconteceu na prisão o mesmo que ocorria na casa de Potifar, e o carcereiro colocou todos os presos sob o comando de José, e tudo andava bem na prisão.
            Após algum tempo, dois homens foram parar na cadeia, o copeiro e o padeiro do Faraó. Estes homens passaram um tempo no cárcere, quando certo dia ambos tiveram sonhos angustiantes; ao perceber suas feições, José perguntou o que estava acontecendo, e os dois lhe contaram os seus sonhos e José os interpretou, só pedindo que o copeiro, que voltou para a presença de faraó, falasse de José para ele, o que não aconteceu de imediato.
            O capítulo 41 de Gênesis retrata o sonho de faraó, e mostra Deus operando na vida de faraó e de José, a fim de controlar o destino das nações e prover um lugar para o seu povo escolhido. Todas as nações estão sujeitas às intervenções de Deus e ao seu controle direto. E tanto é assim que, ao confessar publicamente que Deus daria a interpretação do sonho, José mostrou toda sua fé no Senhor, pois os faraós costumavam se proclamarem como deuses, e o monarca poderia ter mandado matar José na hora.
            José interpretou os dois sonhos de faraó como se fossem um só, pois falavam do mesmo tema: a fome que viria assolar o Egito. Aconselhou o monarca para colocar alguém como responsável para organizar a terra durante os sete anos de bonança, e o faraó colocou o próprio José em tal função, ficando subordinado apenas ao faraó, pois sobre todos os demais funcionários e povo em geral José exercia autoridade. Faraó também deu uma mulher para José se casar nessa mesma época e teve dois filhos: Manassés e Efraim; ele tinha apenas trinta anos quando assumiu o comando do Egito, o que por uma simples conta matemática podemos perceber que ele passou treze anos como escravo.
            Durante os sete anos de fartura, José, como ótimo administrador que era, conseguiu juntar comida suficiente para alimentar o povo egípcio, além de vender para outros povos. A fome assolava toda a Terra, inclusive onde morava Israel e seus filhos, irmãos de José. Israel mandou que dez dos seus onze filhos, só Benjamim não foi, descessem até o Egito para comprarem mantimentos. A Bíblia diz que os seus irmãos ficaram face a face com José ao chegarem no Egito, porém, não o reconheceram, ao contrário de José, que imediatamente os reconheceu. Porém, ao invés de dizer quem era, José resolveu “brincar” um pouco com eles, talvez ganhando tempo para pensar em como falar com eles, ou mesmo como uma espécie de “forra” por todo o sofrimento que eles lhe fizeram passar. Pode ser também que ele tenha escondido para que os irmãos demonstrassem pesar pelo que tinham feito a ele e a seu pai.
            Em Gn 42.21 há esta passagem: “Então, disseram uns aos outros: Na verdade, somos culpados acerca de nosso irmão, pois vimos a angústia de sua alma, quando nos rogava; nós, porém, não ouvimos; por isso, vem sobre nós esta angústia”. Os irmãos de José reconheciam agora sua culpa pelo tratamento impiedoso com ele, vinte anos antes. Concluíram que Deus estava lhes aplicando o justo castigo pelo seu crime. Muitas vezes, quando temos pecado oculto em nossa vida, Deus age para despertar nossa consciência e vermos a nossa culpa. Nesses casos podemos endurecer os nossos corações ou humilhar-nos diante de Deus, confessar o pecado e resolver andar em retidão.
            Os irmãos então voltaram para Canaã e disseram para Israel a respeito da exigência feita por José, de levar Benjamim com eles. Israel não queria de jeito nenhum permitir a descida de Benjamim até o Egito, mas Judá e Ruben se comprometeram de que o trariam de volta, e assim conseguiram a permissão de Israel. Eles foram, comeram com José, mas este ainda não tinha se identificado para eles; então, armou mais uma para seus irmãos e colocou um copo de prata na bolsa de Benjamim. O fato dos irmãos terem voltado para o Egito com Benjamim ao invés de o abandonarem mostrou que eles realmente tinham mudado, estavam mais temente ao Senhor e zelavam por sua família. Judá se ofereceu para ficar no lugar de Benjamim, cumprindo a promessa que tinha feito a seu pai, de que o levaria em paz para casa.
            Após esse fato, José não se aguentou e revelou sua identidade aos seus irmãos. Deus operou através de José para a preservação do povo do concerto, e foi isso que ele disse em Gn 45.7. Embora Cristo viesse da linhagem de Judá, Deus usou José para preservar a linhagem da qual viria Cristo, portanto, José foi um antecessor espiritual de Cristo, algo muito mais importante do que ser um ancestral físico. Ele mandou seus irmãos irem até seu pai e contar a notícia, como também mandou que viessem morar perto dele, pois a fome era grande e ali toda a família estaria protegida da fome e da idolatria também, pois habitariam numa cidade que não era o centro do Egito, chamada Gósen.
            Israel, depois de vinte anos, descobriu que seu filho estava filho. O reencontro dos dois foi emocionante, pois a Bíblia diz que ficaram abraçados chorando por um longo tempo. O faraó fez questão de conhecer os irmãos e o pai de José, e com relação a Israel acabou até mesmo abençoando o monarca, o que nos leva a perceber como servir a Deus é gratificante e honroso, com até mesmo pessoas ímpias reconhecendo a grandeza do nosso Deus.
            Após alguns anos, Israel veio a falecer, não sem antes abençoar José e seus filhos. Ele chorou, cumpriu o seu período de luto e a promessa que fez a seu pai, de enterrá-lo em Canaã. José viveu ao todo 110 anos, e antes de falecer também pediu que seus restos mortais fossem transportados para a terra prometida. Quatrocentos anos depois, quando os israelitas deixaram o Egito, levaram os ossos de José. Da mesma forma, todos os salvos sabem que seu futuro está reservado, não neste mundo presente, mas em outra pátria, a celestial, onde habitarão para sempre com Deus e desfrutarão eternamente da sua presença e bênçãos.
            Por fim, algumas lições que aprendemos com José: 1ª) Pureza pessoal – Se não fosse a vida religiosa de José e sua convicção quanto à importância da pureza, teria sido arrastado por paixões carnais e teria cedido à tentação. Mas resolvera levar uma vida pura e se conservou imaculado; 2ª) Prosperidade – A prosperidade nos negócios é possível para o servo fiel de Deus. Deus fez José prosperar e serve como exemplo para nós; 3ª) Cuidado – a importância de cuidar dos nossos pais; 4ª) A importância da cruz – por meio da cruz, nós vamos obter a coroa! José sofreu como escravo e prisioneiro, mas teve paciência. Seus sofrimentos foram meios que o levaram a alcançar a coroa de autoridade no Egito; 5ª) Providência Divina – toda a vida de José é um exemplo da providência divina. Deus guiou todos os passos de José.
           

 Fontes: Bíblia de Estudo Pentecostal e Pentateuco.


JACÓ



AULA 6 - JACÓ

Gn 25.22,23 - "E os filhos lutavam dentro dela; então, disse: Se assim é, por que sou eu assim? E foi-se a perguntar ao Senhor. E o Senhor lhe disse: Duas nações há no teu ventre, e dois povos de dividirão das tuas entranhas: um povo será mais forte que o outro povo, e o maior servirá ao menor".
            Jacó significa num primeiro momento "o que segura pelo calcanhar", mas depois Esaú interpretou como "suplantador".
            De início é bom esclarecer quais povos seriam esses que o Senhor falou com Rebeca. Os descendentes de Jacó são os israelitas, o povo escolhido por Deus para o seu concerto, enquanto os descendentes de Esaú são os edomitas, e infelizmente a hostilidade e o conflito marcaram a relação entre esses dois povos, como podemos perceber em Sl 137.7.
            No tocante ao maior servir ao menor, questão interessante é esta: o costume na época era de que na hipótese de dois ou mais filhos os mais novos serviriam ao mais velho. Neste caso, porém, Deus inverteu esta ordem, e isso nos ensina que o nosso papel no propósito divino redentor não vem pelo desenvolvimento das coisas naturais, mas pela graça e vontade de Deus.
Gn 25.28,31: "E amava Isaque a Esaú, porque a caça era de seu gosto; mas Rebeca amava a Jacó. E Jacó cozera um guisado; e veio Esaú do campo e estava ele cansado. E disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho, porque estou cansado. Por isso, se chamou o seu nome Edom. Então, disse Jacó: vende-me, hoje, a tua progenitura".
            Jacó era um homem pacífico, que amava a vida no lar, eficiente nos assuntos de família, porém era ardiloso e interesseiro. Apesar disso, mostrava-se preocupado com a sua vida espiritual.
            A primogenitura consistia em: liderança na adoração a Deus e chefia da família; uma dupla porção da herança paterna (pelo menos em tempo posterior - Dt 21.17); o direito à benção do concerto, conforme Deus tinha prometido a Abraão.
            O fato de Esaú vender sua primogenitura revela quão pouco valor ele atribuia às bençãos de Deus e às promessas do concerto. Optou por trocar bençãos que ultrapassam nosso entendimento por prazeres momentâneos, desprezando sua primogenitura. Jacó, por outro lado, desejou as bençãos espirituais do futuro, e dele vieram as doze tribos de Israel.
            A irresponsabilidade de Esaú não parou na venda da sua primogenitura. Diz em Gn 26.34 que ele tomou duas mulheres como esposas, e no versículo seguinte diz que estas foram uma amargura de espírito para Isaque e Rebeca, pelo fato de ter casado com duas mulheres e de que ambas não serviam ao Deus verdadeiro.
            O capítulo 27 de Gênesis retrata Isaque e sua família tentando conseguir a benção de Deus de um modo injusto. A preferência pessoal de Isaque por Esaú, de modo contrário à vontade de Deus, e a manipulação enganosa de Rebeca e Jacó, tomaram o lugar das bençãos espirituais do concerto de Deus. Sempre que se usar de engano e hipocrisia na realização da obra de Deus, o plano divino é prejudicado e também todas as pessoas envolvidas na obra. Nesse capítulo nós vemos um complô de Isaque para entregar a benção a Esaú e o contra - ataque de Rebeca e Jacó mostram a carnalidade da família toda. Cegado pela parcialidade, Isaque estava disposto a dar para Esaú o que ele sabia pertencer ao filho mais novo, enquanto Esaú estava disposto a receber o que havia vendido por um prato de lentilhas. Já Rebeca e Jacó não estavam dispostos a deixar a situação nas mãos de Deus, nem a confiar que Ele fosse cumprir a promessa. Como resultado, todos sofreram; Rebeca, inclusive, nunca mais viu o seu filho.
            No caso da primogenitura, a benção que a acompanhava, bem como a declaração verbal do pai, eram uma obrigação legal do pai, segundo as antigas leis do Oriente. Isaque parece ter se esquecido da mensagem de Deus, de que Esaú serviria a Jacó, o mais novo, ou fez pouco caso dela. Além disso, ele não levou em conta o fato de Esaú ter se casado com duas mulheres não tementes a Deus. Isaque não se preocupou e nem se esforçou para confirmar a vontade de Deus.
            Após descobrir que a benção foi dada a Jacó, Esaú chorou. De acordo com Hb 12.16,17 Esaú perdeu a sua benção por ser fornicador e profano (carente de espiritualidade), além de desdenhar da benção, só mudando de opinião depois e a buscou com lágrimas, mas eram lágrimas de raiva e não de tristeza, pelo caminho pecaminoso que escolhera. A experiência de Esaú nos adverte com as escolhas erradas da vida, que provocam consequências terríveis e que não poderão mais ser anuladas.
            Após o episódio da benção, Jacó seguiu para a terra que morava seu tio Labão, chamada Harã. Durante o caminho, teve um sonho com uma escada cujo topo tocava nos céus, enquanto anjos subiam e desciam nela. O Senhor estava em cima dela e disse que daria aquela terra que Jacó estava deitado para ele e a sua semente, ou seja, reforçou a promessa que tinha sido inicialmente do seu avô Abraão. Na visão, a escada simbolizava que havia comunicação entre o céu e a terra, ou seja, Jacó tinha o céu aberto, Deus ouviria suas orações e o ajudaria. Jesus aludiu a essa visão dizendo aos seus discípulos que veriam o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o filho do homem (Jo 1.51), ou seja, Jesus representa essa escada. Após o sonho, Jacó ficou tão impactado que firmou um voto com o Senhor, prometendo inclusive dar o dízimo de tudo o que receberia.
            Ao chegar ao seu destino, Jacó logo conheceu Raquel, que viria a ser sua esposa. Ficou um mês inteiro com sua parentela, e após esse período acordou com seu tio que trabalharia por sete anos e conseguiria após esse tempo casar com Raquel, pois a amava muito. Porém, como todo pecado, toda precipitação, Jacó semeou uma mentira anos atrás contra o seu pai e irmão, e agora seu tio usou do mesmo subterfúgio com ele, dando Léia como esposa ao invés de Rachel. Para casar com Rachel, Jacó teve que trabalhar por mais sete anos para conseguir o seu objetivo. Deus usou as experiências desses anos para disciplinar e preparar Jacó a fim de que ele fosse herdeiro das promessas da aliança.
            Dos 12 filhos e uma filha de Jacó, nem todos foram com as suas esposas, pois elas deram suas servas para deitarem-se e conceberem. De sua descendência nasceram as 12 tribos de Israel; entre os filhos que mais se destacaram podemos citar Judá, que da sua linhagem nasceu Jesus, como também José, governador do Egito.
            A partir do momento que Deus voltar para a sua terra, Jacó foi muito abençoado por Ele, que multiplicou as suas posses antes mesmo de lhe dar essa ordem. Labão, porém, sabia que só tinha crescido materialmente pois Jacó estava com ele, e assim a benção do Senhor, e fez de tudo para impedir a sua saída, indo inclusive atrás dele, mas Deus não deixou que nada acontecesse com Jacó e sua família. O pacto firmado entre Labão e Jacó demonstra que um não confiava no outro. Levantaram uma pedra como sinal que servisse de limite entre os dois, juntaram pedras em um montão que serviria de testemunho do pacto e invocaram a Deus para que atuasse como sentinela, vigiando por um e por outro enquanto estivessem separados.
            Quando Jacó se aproximava da terra onde morava, mandou mensageiros até seu irmão Esaú, que lhe respondeu dizendo que vinha ao seu encontro com 400 homens. Ele temia que fosse atacado por seu irmão, então ele orou (Gn 32.9,12) ao Senhor e a sua oração serve de modelo para nós em circunstâncias difíceis de nossa vida pelos seguintes motivos: 1) Relembrou a Deus que Ele prometera cuidado e proteção aos que fizessem a sua vontade; 2) consciente da sua própria iniquidade, ele expressou sua gratidão a Deus por todas as bençãos recebidas; 3) pediu livramento ao Senhor; 4) declarou que o propósito de estar pedindo aquilo era o de cumprir na sua própria vida os planos de Deus estabelecidos no seu concerto.
            Jacó orou da forma correta, mas não reconhecia que a sua maior dificuldade era ele próprio, não Esaú. Foi Jacó que havia enganado e levantado obstáculos no seu próprio caminho, e Deus quis livrá-lo do seu espírito egoísta e carnal antes de entrar na terra prometida.
            Antes do seu encontro com Esaú, algo muito marcante aconteceu com Jacó, pois este lutou com o anjo do Senhor. Enquanto Jacó lutava desesperadamente com Deus para obter a benção prometida, o Senhor o deixou prevalecer, porém feriu a sua coxa, como lembrança de que ele não deveria andar na sua própria força, mas ser totalmente dependente de Deus. Nessa luta Jacó lançou-se aos braços do Senhor, não pedindo livramento das mãos do seu irmão, mas sim a benção do Senhor. O Anjo do Senhor então mudou o seu nome para Israel, pois Jacó dava a entender como sendo defraudador malicioso, enquanto Israel significa aquele que luta com Deus. A mudança de nome acabou gerando também uma mudança de caráter, e a sua coxeadura significava a derrota do próprio eu.
            À noite em que lutou com Deus resultou em benção divina na vida de Jacó. A partir dali ele sabia que a sua vida dependia exclusivamente da orientação e da benção de Deus. A vitória e a benção na vida de todos que andam com Deus vêm da mesma maneira. Embora não se lute fisicamente com Deus, podemos buscá-lo em oração, confessar nossos pecados e buscar o seu perdão, ter fome e sede pelo seu Reino e pela sua íntima presença.
            Ao encontrar com Esaú, os dois se abraçaram e choraram. Tal atitude de Esaú foi a resposta de Deus para as orações de Jacó.
            Jacó, porém, não cumpriu a ordem de Deus e estabeleceu- se perto de uma cidade pagã chamada Siquém, ao invés de ir para a terra do seu pai. Jacó falhou por optar em conviver em estreita ligação com pessoas malignas e imorais, assim como Ló fizera, deixando de estabelecer limites e normas para os seus filhos. Por causa disso, sua filha Diná acabou violentada sexualmente, mas sua conduta também foi errada, pois se envolveu com tais pessoas ímpias, conhecidas como filhas da terra. Esse episódio acabou deixando uma grande marca em seus irmãos, sendo que dois acabaram por matar todos os homens da cidade. Foi somente depois disso que Jacó finalmente foi para Betel e destruiu todos os ídolos que estavam em sua casa. Deus não deixou que ninguém os seguissem.
            Com a vida de Jacó nós podemos aprender que Deus usa os homens para cumprir os seus propósitos, pois Ele faz o melhor possível com o material que usa. Também enxergamos a lei da semeadura, pois ele enganou o seu pai e posteriormente foi enganado por Labão e seus filhos, no sumiço de José. Por fim, na vida de Jacó vemos a grandeza do plano messiânico, pois com Abraão e Isaque somente uma pessoa foi herdeira das promessas da família, mas na família de Jacó não houve eliminações, todos os filhos eram herdeiros da promessa.
            No final de sua vida, Jacó teve uma tristeza bem grande, achando que seu filho José havia falecido, quando na verdade tinha sido vendido como escravo por seus irmãos. Contudo, antes de morrer o Senhor lhe revelou a verdade e conseguiu morrer em paz, com 147 anos.

Fontes: Bíblia de Estudo Pentecostal, O Novo Comentário Bíblico - Antigo Testamento e Pentateuco.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

COMO ENFRENTAR AS CRISES




2 Cr 20

V. 1 – “E sucedeu que, depois disso, os filhos de Moabe, e os filhos de Amom, e, com eles, alguns outros dos amonitas vieram à peleja contra Josafá. Então, vieram alguns que deram aviso a Josafá, dizendo: Vem contra ti uma grande multidão dalém do mar e da Síria; e eis que já estão em Hazazom-Tamar, que é En-Gedi”.

            Josafá era rei de Judá, e a Bíblia, no cap. 17 de 2 Crônicas, nos diz que o Senhor era com Josafá, pois ele andava nos caminhos que Davi andou, além de instruir o povo de forma correta, aviso este dado pela própria Bíblia (o meu povo é destruído pela falta de conhecimento, assim diz o Senhor). Ele foi um reformador e recebeu grande destaque por parte do autor do livro de Crônicas; organizou um forte exército e foi muito respeitado por seus vizinhos.
            Ao lermos esse versículo, percebemos que dois povos inimigos históricos dos hebreus aproximavam-se para guerrear contra Josafá: moabitas e amonitas. O povo escolhido por Deus sempre teve muitos inimigos, influência do trabalho desenvolvido por Satanás contra o povo de Deus, e é assim até hoje, ou será que nós não temos oposição dentro do nosso trabalho ou da nossa casa? É claro que temos, e continuará assim enquanto estivermos vivos e batalhando para levar a Palavra de Deus para os ímpios.
            Então, nesse momento da sua vida, Josafá estava vendo uma grande crise se instaurar bem a sua frente. O que ele deveria fazer? Vamos acompanhar alguns itens que o levaram a ter sucesso e vencer a crise.

1) Josafá recebe a notícia da ameaça da destruição.

            Ao recebermos uma notícia ruim o nosso instinto é de se desesperar, perder o controle. E qual o motivo de agirmos assim? Agimos assim porque a nossa carne nesse momento fala mais alto que o nosso espírito. A Palavra de Deus diz que somos formados por carne, alma e espírito; a nossa carne é descendência de Adão, ou seja, ela é propícia ao pecado, e por isso nós não devemos permitir que ela nos governe. O Espírito Santo de Deus habita dentro de cada cristão, e Ele é a força que necessitamos para que o nosso espírito vença a nossa carne.
            Josafá recebeu a notícia de que iria ser atacado por um exército muito numeroso. Nós, diariamente, recebemos notícias ruins: problemas de saúde, ações na justiça, dívidas, vizinhos problemáticos, parentes não crentes, entre outros, mas o que fazemos com essas notícias? Se fizermos o mesmo que Josafá, o Senhor dos Exércitos certamente nos dará vitória!

V. 3 – Então, Josafá temeu e pôs-se a buscar o Senhor; e apregoou jejum em todo o Judá.
V.13 – E todo o Judá estava de pé perante o Senhor, como também as suas crianças, as suas mulheres e os seus filhos.

2) Josafá busca a face de Deus.

            Josafá, como líder, deu o exemplo e procurou a face do Senhor. É claro que ele ficou com medo, pois o medo é um sentimento comum em situações adversas, porém, nós não podemos deixá-lo fazer morada dentro de nós, pois não é um sentimento que o cristão deve ter. O cristão de joelhos aos pés do Senhor fica maior do que qualquer problema em pé ao lado do diabo.
            O jejum que ele ordenou visava justamente à busca pela resposta e salvação do povo pelo Senhor. O jejum deve acompanhar regularmente a oração e o anseio do crente para que a vontade de Deus seja feita; o fato de o versículo 13 nos contar que todo o Judá procurou a face do Senhor nos ensina o quanto a liderança pode influenciar a nossa vida.
            Imagine se hoje, na igreja, temos um líder que oriente mal as suas ovelhas. O pastor é o líder espiritual da igreja, e Deus cobrará dele se alguém se desviar por causa do seu ensino e atitudes. Porém, não podemos esquecer que nós somos a igreja do Senhor, e o que significa isso? Significa que se temos um parente ímpio ou desviado também devemos levar a Palavra de Deus até ele, e as nossas atitudes e orações servirão de incentivo para que ele tenha a curiosidade de conhecer o nosso Deus, sem esquecer, é claro, que o nosso dever é apresentar a Palavra para eles, mas sem esquecermos que quem convence o homem do pecado é o Espírito Santo; portanto, não vamos nos preocupar como e quando o Senhor fará com que aquela pessoa se converta, façamos o nosso trabalho que Ele faz muito bem o DEle.


V. 5,6 – “E pôs-se Josafá em pé na Congregação de Judá e de Jerusalém, na Casa do Senhor, diante do pátio novo. E disse: Ah! Senhor, Deus de nossos pais, porventura, não és tu Deus nos céus? Pois tu és dominador sobre todos os reinos das gentes, e na tua mão há força e poder, e não há quem te possa resistir”.

3) O próprio Josafá orou, adorou, louvou e pediu.

            É interessante observar a ordem que Josafá se dirigiu a Deus. Em primeiro lugar ele se dirigiu ao Senhor através de uma oração, e não através de gritos ou reclamações infundadas. Após, ele adorou o Senhor, pois só ele é digno de toda e honra e glória, além de que ao adorarmos ao Senhor reconhecemos que só ele é Deus em nossas vidas. Em terceiro lugar, Josafá louvou ao Senhor! Como é bom louvar o nosso Criador, e a Palavra de Deus nos ensina que o diabo odeia o louvor, então temos mais um motivo para louvarmos cada vez mais. Por último, Josafá fez o seu pedido. Não há nada de errado em pedir as coisas ao Senhor, pelo contrário, ele é nosso Pai e adora nos dar as coisas, porém, nós devemos sempre saber o momento certo de pedir as coisas, como também saber se aquilo que pedimos é necessário.
            Ainda no tocante a oração de Josafá, podemos observar algumas verdades nela: 1ª) Deus tem o poder sobre todas as pessoas e situações; 2ª) Deus tem sido fiel ao seu povo no passado e no presente; 3ª) O povo de Deus está falido sem Ele; 4ª) as promessas de Deus são um fundamento sólido para a nossa fé; 5ª) a presença ativa de Deus entre o seu povo resulta em livramento.

V. 9 – “Se algum mal nos sobrevier, espada, juízo, peste ou fome, nós nos apresentaremos diante desta casa e diante de ti; pois teu nome está nesta casa; e clamaremos a ti na nossa angústia, e tu nos ouvirás e livrarás”.

4) Josafá declara sua dependência total em Deus.

            Nessa oração Josafá reconheceu a sua pequenez perto de Deus, pois ele era o rei de Judá, mas um rei que está subordinado ao rei dos reis, Jesus! Reconheceu que sem a ajuda do seu Senhor não poderia vencer, pois muitos eram os seus inimigos, mas com Deus ao nosso lado nós sempre seremos maioria.

V. 15-17: “Daí ouvidos todo o Judá, e vós, moradores de Jerusalém, e tu, ó rei Josafá. Assim o Senhor vos diz: Não temais, nem vos assusteis por causa dessa grande multidão, pois a peleja não é vossa, senão de Deus. Amanhã descereis contra eles; eis que sobem pela ladeira de Ziz, e os achareis no fim do vale, diante do deserto de Jeruel. Nesta peleja, não tereis de pelejar; parai, estai em pé e vede a salvação do Senhor para convosco, ó Judá e Jerusalém; não temais, nem vos assusteis; amanhã, saí-lhes ao encontro, porque o Senhor será convosco”.

5) Josafá recebe a resposta de Deus garantindo a vitoria.

            Que maravilha é ter o Senhor do nosso lado! O diabo coloca os problemas na nossa vida, e ainda por cima uma lente de aumento em cima desses problemas; Josafá só conseguia enxergar a multidão que estava vindo, mas não via a poderosa mão de Deus para lhe proteger. Deus é um pai presente em nossas vidas, Ele se preocupa com tudo, das pequenas até as grandes coisas.
            Os nossos problemas são os problemas de Deus, pois Ele toma a nossa defesa, em qualquer área da nossa vida. Não precisamos temer o gigante que está em nossa vida, pois maior é o que está em nós do que aquele que está no mundo! Nós devemos fazer a nossa parte, como Deus disse para Josafá: saí-lhes ao encontro! Deus não marcharia no lugar deles, mas venceria o exército por eles! A nossa parte hoje é orar, jejuar, se consagrar cada dia mais ao Senhor, e marchar quando Ele mandar, pois derrota não faz parte do vocabulário do nosso amado Jesus!

V. 21,22: “E aconselhou-se com o povo e ordenou cantores para o Senhor, que louvassem a majestade santa, saindo diante dos armados e dizendo: Louvai o Senhor, porque a sua benignidade dura para sempre. E, ao tempo em que começaram com júbilo e louvor, o Senhor pôs emboscadas contra os filhos de Amom e de Moabe e os das montanhas de Seir, que vieram contra Judá e foram desbaratados”.

6) Josafá toma posse da vitoria usando a estratégia do louvor.

            Como já falado anteriormente, o louvor é uma parte muito importante não só dos cultos, mas na nossa vida diária. Se observarmos bem os versículos, perceberemos que no momento inicial do louvor o Senhor entrou com providências, dando vitória para os seus protegidos. A nossa confiança no Senhor é a chave da vitória.

V. 24: “Entretanto, chegou Judá à atalaia do deserto; e olharam a multidão, e eis que eram corpos mortos, que jaziam em terra, e nenhum escapou”.

7) Josafá e o povo se tornam vitoriosos e tomam posse da vitória.

            Deus não faz o serviço pela metade, a vitória é sempre completa! Os seus problemas serão superados e o nome de Deus será glorificado.

V. 28: “E foram a Jerusalém com alaúdes, e com harpas, e com trombetas, para a Casa do Senhor”.

8) Josafá reconhece a vitória de Deus e volta para o templo para louvar a Deus.

            Após a sua vitória, comemore! Dê testemunho aos seus irmãos, isso vai edificar a fé deles; os ímpios irão ver a sua vitória e não entenderão, pois eles que são tão ricos, poderosos e influentes não conseguem o que você conseguiu. Nós temos que buscar algo que Josafá e outros homens da Bíblia conseguiram: intimidade com Deus. A vitória alcançada leva aos ímpios reconhecerem o verdadeiro Deus.

quinta-feira, 24 de maio de 2012



ISAQUE - O FILHO DA PROMESSA

            Na aula de Abraão foi falado a respeito da expectativa do nascimento de Isaque, como também do momento em que o mesmo seria oferecido como sacrifício, então hoje falaremos apenas da vida adulta de Isaque. Apenas como lembrança, a obediência em se submeter ao que o seu pai lhe falou é admirável, pois Abraão já era velho e podia ser facilmente dominado, mas não foi isso que aconteceu; Isaque submeteu-se a autoridade de seu pai, e o nosso Deus o honrou.
            Rm 9.7 diz: “Nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência”. Não obstante o caráter improvável da promessa de Deus a Abraão e a Sara, já idoso, Isaque nasceu e, embora não tenha sido o primogênito de Abraão, ele era o escolhido de Deus para receber as promessas. Em Rm 9.7, Paulo utiliza Isaque como uma ilustração de como Deus não negocia a Sua soberania, impedindo qualquer interferência ou iniciativas humanas.
            Quando Isaque atingiu uma idade que seu pai considerou boa para contrair núpcias, Abraão mandou um de seus empregados até a terra que morava a sua parentela, com o objetivo de achar uma boa moça para casar com o seu filho.  E qual o motivo de Abraão ter mandado o seu servo para tão longe? Ele sabia que Deus o chamara e a seus descendentes para viverem uma vida separada do povo em derredor. Tal separação era o método de Deus para preservar um povo santo para si mesmo. Ao chegar lá, é interessante notarmos a oração que o empregado fez, e como Deus o honrou, pois quando achou Rebeca ela agiu exatamente como tinha sido pedido em oração. O servo de Abraão sem dúvida era um homem temente a Deus, o que nos leva a perceber que a fé ativa de Abraão contagiava quem estava ao seu redor, seja parentela ou empregados. Isso nos ensina algumas coisas:
1) Deus sempre escuta as nossas orações;
2) As nossas orações devem ser pertinentes;
3) As nossas orações devem ser completadas com louvores, adoração e ações de graças ao Senhor;
4) Deus atenderá o nosso pedido se o nosso desejo for o mesmo que Ele tem para a nossa vida, pois não podemos esquecer que a vontade DEle é perfeita, devendo sempre prevalecer a sua opinião.
            Ao aceitar o casamento, Rebeca seguiu imediatamente para a terra em que Isaque residia. Aos 40 anos, Isaque casou-se com Rebeca e finalmente poderia prosseguir com a promessa que Deus tinha feito a seu pai, de que dele sairia uma grande nação. Contudo, como para o cristão nada é fácil, Rebeca tinha o mesmo problema que Sara: era estéril. Com certeza Isaque passou pelas mesmas aflições e questionamentos que seu pai, mas ele fez algo já falado aqui e que e a chave da vitoria do cristão: ele orou! Por 20 anos Isaque orou e desejou ter um filho; com 60 anos o Senhor atendeu o seu pedido, logo lhe dando gêmeos, Jacó e Esaú.
            No cap. 26 de Gênesis, a Bíblia descreve que havia fome na Terra. Isaque pretendia ir até o Egito, mas o Senhor impediu, lembrando da promessa que tinha feito a seu pai Abraão, mandando que ele habitasse na terra que Ele dissesse, e assim seria com
Isaque, ou seja, Deus transferiu para Isaque as promessas feitas a Abraão. Isaque, assim como o seu pai, precisou aprender a viver segundo as promessas de Deus.
            Gn 26.5 diz que: "Porquanto Abraão obedeceu a minha voz e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis". Deus estava mostrando para Isaque que somente levantou o seu pai devido ao modelo da sua obediência, que procedia da fé dele em Deus. Abraão fez um esforço sincero para guardar as leis e os mandamentos do Senhor, e por causa disso Deus o abençoou. Isaque (e nós atualmente) devia seguir o exemplo de fé e obediência de seu pai, se esperava participar das promessa de Deus segundo o concerto e da sua salvação.
            Curiosa é a situação descrita em Gn 26.7, na qual Isaque disse que Rebeca era sua irmã ao invés de esposa, coisa que pai já tinha feito no passado por duas vezes, o que demonstrou ainda a falta de uma confiança plena nos cuidados de Deus para com ele e sua família.
            Nessa mesma terra de Gerar, Isaque continuou vendo como Deus o amava e cuidava dele. A Bíblia diz que Isaque plantava e a sua colheita era abundante, de cem medidas! Tinha muitas ovelhas, vacas e empregados, sendo invejados por todos os filisteus, é exatamente o que acontece hoje conosco. Existem três razões para essa colheita extraordinária de Isaque: 1°) ele era filho de Abraão; 2°) o Senhor o abençoou; e 3°) ele semeou.
            As pessoas tem inveja de tudo que é nosso: nossa casa, carro, vida, da unção de Deus em nossas vidas, e infelizmente tal sentimento não é só de ímpios, muitos que se dizem crentes possuem essa podridão por dentro, não foram libertas pelo sangue do cordeiro. Isaque ficou tão rico e poderoso que o próprio rei filisteu foi pedir que ele fosse embora de Gerar, tamanha a inveja que sentia do servo do Deus altíssimo.
            O relato no qual se manifesta a inveja dos filisteus lança luz sobre o caráter de Isaque. O patriarca demonstrou o espírito do sermão do monte 2000 anos antes que este fosse pronunciado. Os filisteus consideravam-no um estranho e intruso. Reclamaram para si o território. Entupir os poços era um ato de grande provocação, já que a água era de vital importância por ser elemento escasso naquela parte da Palestina. Isaque poderia ter - se defendido, porque era “muito mais poderoso” do que os filisteus (Gn 26.16), mas preferiu ceder a brigar, considerando que mais vale a paz com os homens e a benção divina do que a água.
            Porém, esse mesmo rei, chamado Abimeleque, mais tarde reconheceu que Deus estava na vida de Isaque, e o procurou para fazer um concerto de paz. Deus faz assim mesmo: Ele permite que passemos por determinadas situações, mas no final sempre temos vitorias e o nome do Senhor é exaltado.
            É por isso que as nossas provações nunca devem ser consideradas como empecilhos, pois, nas mãos de Deus, elas se tornam escada para o triunfo. Deus nos chamou para uma vida cristã bem sucedida.
            No final de sua vida, já bem velho, Isaque não conseguia enxergar muito bem. Deixaremos para falar do ato de conluio entre Rebeca e Jacó no próximo estudo, mas por hora é bom observar o quão ruim é ter uma predileção entre os seus filhos. Isaque preferia Esaú, enquanto Rebeca era toda de Jacó. Isaque no final de sua vida parece ter perdido um pouco de sua intimidade com Deus, pois desde que sua esposa estava grávida o Senhor já tinha falado que o menor seria maior, ou seja, apesar do costume de que o primogênito herdava tudo que seu pai tinha de melhor, Isaque simplesmente ignorou o que Deus falou, e todos sabemos que obedecer é muito melhor do que sacrificar.
            Podemos considerar Isaque um símbolo de Cristo, pelos seguintes motivos: 1°) ambos são reconhecidos como filhos de Abraão; 2°) nasceram de forma milagrosa; 3°) foram oferecidos em sacrifício; 4°) mostraram-se obedientes diante do seu próprio sacrifício.
            A consequência desta omissão de Isaque foi o erro cometido por Jacó e Rebeca, sendo que Jacó teve que se mudar para escapar da fúria de seu irmão.
            Isaque faleceu quando tinha 180 anos (Gn 35.29), velho e farto de dias. A sua vida parece ter sido apenas um eco da vida de seu pai. Ele cometeu os mesmos erros de Abraão, mas buscava sempre a Deus, sendo um homem de fé e obediência. Cumpriu o propósito de Deus para a sua vida, sendo guardião de suas promessas e transmitindo-as a Jacó.