sábado, 14 de novembro de 2015

GÊNESIS 15 E 16

GÊNESIS 15

v.1 – Depois da batalha em que derrotou os reis, Abraão ficou temeroso, por isso Deus lhe deu numa visão a certeza de que Ele mesmo era o escudo e o galardão de Abraão. Este, em resposta a essas palavras de consolo, relembrou a Deus que não tinha filhos, e, portanto, herdeiros. Assim sendo, ele adotaria um dos seus servos. Deus rejeitou a ideia e prometeu a Abraão que seria pai de um filho com a sua esposa estéril, e teria uma descendência inumerável. Abraão teve fé em Deus, e foi essa fé que lhe foi imputada como justiça.
            Quando você sentir medo com relação ao futuro, lembre-se que Deus prometeu estar com você nos momentos difíceis e que Ele prometeu-lhe grandes bênçãos.
v.2 – Eliézer era o servo de Abraão de maior confiança, trabalhando como administrador. Embora amasse seu servo, Abraão queria um descendente.
v.5 – Deus não prometeu riquezas ou fama para Abraão nessa parte, mas sim descendentes como as estrelas no céu. Você consegue contar as estrelas? Exatamente quando Abraão perdia as esperanças de ter um herdeiro, Deus lhe prometeu um número inimaginável.
            A aliança de Deus com Abraão tem sete partes distintas:
1ª) Farei de ti uma grande nação – sentido natural e espiritual;
2ª) Abençoar-te-ei – material e espiritualmente;
3ª) Engrandecerei o teu nome – o nome de Abraão é universal;
4ª) Tu serás uma benção;
5ª) Abençoarei os que te abençoarem;
6ª) Amaldiçoarei os que te amaldiçoarem – até hoje quem persegue os judeus não se dá bem;
7ª) Por meio de ti serão benditas todas as famílias da terra.

v.6 – Pela primeira vez nas Escrituras, a fé e a justiça são imputadas juntas. No Antigo Testamento, a fé tinha um duplo aspecto:
1°) confiança ou dependência;
2°) lealdade ou fidelidade.
            O termo crer aqui significa perseverar confiando e crendo, evidenciando uma fidelidade obediente. Era esse tipo de fé que Abraão tinha. Embora Abraão demonstrasse sua fé por ações, foi a sua fé no Senhor que o fez justo.
            Deus viu a fé sincera de Abraão expressa naquela atitude, e imputou como justiça. O termo justiça significa estar num relacionamento correto com Deus e com sua vontade. No novo concerto, a benção de Deus e o relacionamento certo com Ele são concedidos mediante a fé. Nossas atitudes externas (ida a igreja, orações, boas obras) não nos justificam diante de Deus, apesar de serem importantes.
v.8 – Abraão buscava confirmar se estava fazendo a vontade de Deus. E nós, como temos essa confirmação? Se nossas atitudes estiverem de acordo com a Bíblia.
v.13 – Deus disse a Abraão que seus descendentes seguiriam para o Egito e seriam oprimidos por quatro séculos, uma cifra arredondada dos 430 anos que realmente foram passados ali.
v.16 – Os amoritas eram uma das nações que viviam em Canaã, terra prometida aos hebreus. Deus sabia que essas pessoas se tornariam cada dia mais perversas, mas mesmo assim deu tempo para que eles se concertassem.
v.17 – Por que Deus deu essa visão a Abraão? O compromisso entre ambos era sério, era uma incrível promessa de Deus e uma grande responsabilidade para Abraão. O fogo e a fumaça representam a santidade de Deus, seu zelo por justiça e seu julgamento para todas as nações.
v.18 – Notemos que, embora um concerto geralmente envolvesse responsabilidades para as duas partes, neste caso, somente Deus passou entre os pedaços do animal (v.17). Foi Deus exclusivamente quem estabeleceu as promessas e as obrigações deste concerto; o papel de Abraão era somente o de aceita-las mediante fé obediente.


GÊNESIS 16
v.2 – Entre o povo da Mesopotâmia, o costume, quando a esposa era estéril, era deixar que sua serva tivesse filhos com o esposo. Esses filhos eram considerados legítimos da esposa. Porém, algumas considerações:
1°) Apesar de existir esse costume, a tentativa de Abraão e Sara não teve a aprovação de Deus;
2°) O Novo Testamento fala do filho de Agar como sendo produto do esforço humano, segundo a carne, e não segundo o espírito (Gl 4.29). Segundo a carne equivale ao planejamento puramente carnal, humano. Em outras palavras, nunca se deve tentar cumprir o propósito de Deus usando métodos que não são segundo o Espírito, mas esperando com paciência no Senhor e orando com fervor.
v.3 – Sara buscou problemas para si quando entregou Agar para Abraão, ela teve dificuldades em crer que a promessa era direta e especificamente para o casal. A sua falta de fé causou vários problemas, passando a frente de Deus. O tempo foi a maior prova para testar a disposição deles de permitir que Deus trabalhasse em suas vidas. Algumas vezes, nós precisamos esperar também.
v.5 – Mesmo tendo tido a ideia, Sara culpou Abraão pelos resultados. É sempre mais fácil acusar os outros do que admitir suas falhas. Adão e Eva fizeram o mesmo.
v.7 – Exemplo de teofania, o próprio Deus falando com Agar.
v.8,9 – Agar estava fugindo da sua senhora e do problema. Deus mandou que retornasse e se humilhasse diante dela. Agar precisava melhorar sua atitude com relação a Sara, não importando o quão justificável fosse a sua posição. Fugir dos problemas raramente trará solução.
v.11 – O nome Ismael significa Deus ouve, ou seja, Deus viu o modo injusto no qual Abraão e Sarah trataram Agar. Aquele nome dado antecipadamente foi um julgamento sobre Abraão, e revela que Deus abomina toda e qualquer injustiça entre os seus. Deus castigará quem cometer injustiça entre os fieis da igreja.


v.12 – Sua disposição de luta poderia ser usada na peleja espiritual, em favor ou contra Deus, a escolha seria dele.

Fontes: Bíblia de Aplicação Pessoal, Novo Comentário Bíblico e Bíblia de Estudos CPAD.

GÊNESIS 13 e 14

GÊNESIS 13

            Agora, Abraão volta às costas para o Egito e se volta para a terra prometida. Notamos três coisas que caracterizam a sua vida de peregrino: tenda, altar e poço. Abraão nunca foi plenamente abençoado enquanto não se separou de Ló.
            Gênesis 11 e 12 marcam uma linha divisória importante nas relações de Deus para com os homens. Até aqui tem sido somente raça adâmica, sem judeus ou gentios.
v.1,2 – Nos dias de Abraão, os proprietários de ovelhas e gado podiam juntar muitas riquezas. A riqueza de Abraão não incluía somente ouro e prata, mas também gado. Estes animais eram produtos valiosos utilizados para alimentação, vestimenta e materiais para fabricação de tendas e sacrifícios. Eles costumavam ser trocados por outros bens e serviços. Abraão podia ver sua riqueza aumentando e se multiplicando diariamente.

v.5,9 – Ao enfrentar um conflito em potencial com o seu sobrinho, Abraão tomou a iniciativa no estabelecimento da disputa. Ele deu a Ló a oportunidade de escolher primeiro, embora, sendo mais velho, tivesse o direito de fazê-lo. Abraão demonstrou conhecer o risco de ser trapaceado.
            Seu exemplo nos mostra como devemos enfrentar situações familiares difíceis:
1°) tome a iniciativa de resolver os conflitos;
2°) permitam que as pessoas tenham a chance de fazer a escolha, mesmo que isso signifique abrir mão de algo muito desejável;
3°) coloque a paz familiar acima das vontades familiares.

v.7,8 – Cercado por vizinhos hostis, os homens que cuidavam do gado de Abraão e Ló deveriam controlar-se, mas permitiram que a inveja os separasse. De forma semelhante, hoje, alguns cristãos deixam de vigiar enquanto satanás trabalha ao redor. Rivalidades, discussões e brigas entre os crentes podem ser destrutivas de três maneiras:
1°) danificam a boa vontade, a confiança e a paz, fundamentos da boa relação humana;
2°) impedem o progresso de importantes objetivos em desenvolvimento;
3°) tornam-se egoístas ao invés de amáveis.
            Jesus sabia quão destrutivas poderiam ser as discussões entre os crentes e, por isso, em sua oração final antes de ser traído e preso, ele pediu a Deus que seus seguidores fossem “um”.

v.10,11 – O caráter de Ló é revelado por suas escolhas. Ele escolheu a melhor parte da terra, embora isso significasse viver próximo a Sodoma, uma cidade conhecida pelo seu pecado. Ele era ganancioso, querendo o melhor pra si, sem pensar nas necessidades de seu tio Abraão, ou no que era justo. A vida é composta de escolhas;
v.12,13 – A princípio, bons pastos e água em abundância pareciam uma boa escolha de Ló, mas ele esqueceu que a maligna Sodoma poderia oferecer tentações fortes o bastante para destruir sua família. Alguma vez você já escolheu morar ou trabalhar em uma “Sodoma”? Ainda que se ache forte o suficiente para resistir as tentações, outros membros da sua família talvez não sejam como você.

GÊNESIS 14

v.4 – Quem foi Quedorlaomer e por que ele foi tão importante?
            No tempo de Abraão, a maioria das cidades possuíam os seus próprios reis, e eram comuns as guerras e rivalidades entre eles. Uma cidade conquistada pagava imposto ao rei vitorioso. Nada se sabe a respeito dele que não esteja na Bíblia, mas era muito poderoso, pois cinco cidades, incluindo Sodoma, pagavam impostos para ele durante 12 anos. Quando cinco cidades fizeram aliança e se recusaram a pagar, novamente as reconquistou rapidamente. Ao reconquistar Sodoma, Ló e sua família foram capturados. Abraão, com apenas 318 homens, desafiou o exército dele e o atacou próximo a Damasco. Com a ajuda do Senhor, Abraão os resgatou.
            Como cativo do rei, Ló enfrentou tortura, escravidão e ameaças de morte. Nós também podemos ser tentados a fazer coisas ou ir a lugares que não devemos. A prosperidade que almejamos é fascinante: pode tanto nos tentar quanto escravizar, caso nossos motivos não estejam de acordo com a vontade de Deus.

v.14,16 – Esses incidentes demonstram duas características de Abraão:
1ª) possuía coragem vinda de Deus. Atacou um poderoso inimigo;
2ª) estava preparado. Reservou tempo para treinar seus homens para um conflito em potencial.

v.18 – Quem foi Melquisedeque? Certamente foi um homem temente a Deus, pois seu nome significa “rei justo”. Ele foi chamado sacerdote do Deus altíssimo (Hb 7.1,2). Ele reconhecia que Deus era o criador dos céus e da terra. Ele poderia ser um rei da região; alguns consideram que tratava-se de uma teofania. Ele foi o primeiro sacerdote mencionado na Bíblia

v.20 – Abraão entregou o dízimo dos bens que havia adquirido, mas recusou-se a pegar quaisquer bens do rei de Sodoma. Ele não queria que falassem que o rei de Sodoma enriqueceu ele, mas sim que Deus o tinha enriquecido.

Fontes: Bíblia de Aplicação pessoal, o Novo Comentário Bíblico e Bíblia de Estudos CPAD.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

PREGAÇÃO - DIA 13/05/15

SE FOSSE PRESO POR SER CRISTÃO, ENCONTRARIAM MOTIVOS PARA CONTINUAR PRESO? Rm 1.14,17.

         Irmãos, é certo que estamos nos finais dos tempos, e, como a Bíblia nos ensina, os cristãos serão cada dia mais perseguidos. Ao estudarmos a Palavra, percebemos que inúmeras vezes os nossos irmãos foram presos, humilhados, torturados, tudo por amor ao Evangelho. Hoje, o nosso sistema judiciário exige para a nossa prisão, e consequente condenação, provas que confirmem a autoria do fato. Então, a pergunta que lhes faço é a seguinte: se proibissem o cristianismo e você fosse denunciado como cristão, levado até a delegacia, o delegado teria provas suficientes de que realmente é um cristão?
         E como se pode provar que é um cristão?

1°) Pela sua profissão de fé
         Você tem professado a sua fé em Jesus publicamente? Para todos? As pessoas sabem que você serve a Deus ou ainda te perguntam a sua religião? O brilho de Cristo deve exalar de todo o seu ser, o nome de Jesus nunca pode sair da sua boca.
         As pessoas te conhecem por falar só de futebol, política, relacionamentos? Alguma coisa está errada. Você pode e deve falar de tudo isso, mas Jesus deve ser sempre o seu assunto primordial, a sua primícia.

2°) Pela sua obediência
         Não adianta falar de Cristo e não obedecer. Tem sido fiel a Ele? Respeita os seus mandamentos? Não adianta balançar a cabeça dizendo que sim no culto, enquanto o seu coração diz não aí dentro de você.
         Tem trabalhado e se sustentado com o suor de seu rosto? Tem sido fiel ao seu cônjuge? Tem perdoado e dado à outra face? Tem se afastado da aparência do mal? Tem dizimado regularmente ou só cumpre o mandamento do Senhor quando quer?
         Temos obedecido no que nos convém ou a tudo o que está na Palavra, mesmo que doa?

3°) Pelo testemunho de terceiros
         Aqui seria a “prova testemunhal”. Eu já vi aquele homem orando; eu já vi aquela mulher entrando na igreja; aquele homem já me evangelizou. A sua vida de oração, piedade, honestidade e honra deve ser pública, você deve ser íntegro 100% do tempo, sem mentiras, vícios, nada que o diabo possa usar contra você.

4°) Pela sua renúncia
         Você, como cristão, renuncia aos prazeres desse mundo. Beber, trair, fumar, xingar, roubar, pode ser ótimo e normal para o mundo, mas para nós é aversão e pecado. Você, como cristão, renuncia ao que o diabo te oferece, e assim ganhará o que Deus tem pra te oferecer.
         A prisão com Deus é mais confortável do que um hotel luxuoso na presença de satanás. Aonde Deus estiver com você ali será o melhor lugar para estar.


         Então, irmão: você continuará preso?

terça-feira, 5 de maio de 2015

GÊNESIS 11 e 12

GÊNESIS 11

v.1 – Esta passagem diz respeito ao tempo que veio logo após o dilúvio, uma época anterior a dispersão dos clãs (Gn 10.5,20,31,32). A antiga divisão entre filhos de Deus e filhos dos homens sobreviveu ao dilúvio. Se havia outros idiomas antes do dilúvio, provavelmente só o de Noé permaneceu.
v.3,4 – A torre de Babel era mais parecida com um zigurate (pareciam pirâmides com degraus ou rampas laterais). Era uma estrutura comum na Babilônia na época, chegando a uma altura de 99 metros de altura e de largura também.
            A torre de Babel foi uma grande conquista humana, uma maravilha do mundo, porém, era um monumento para engrandecer pessoas, não a Deus. Somos livres para prosperar em muitas áreas, mas não para pensar em tomar o lugar de Deus. Quais torres você tem construído em sua vida?
            O pecado do povo na terra de Sinar foi à ambição de dominar o mundo e dirigir o seu próprio destino, à parte de Deus, através da união política centralizada, poder e grandes conquistas. Esse desígnio era fruto do orgulho e rebeldia contra Deus. O Senhor frustrou o propósito deles, multiplicando idiomas em seu meio, de tal maneira que não podiam comunicar-se entre si, isso deu origem a diversidade de raças e idiomas no mundo.
v.5 – Por ser um justo juiz, antes de julgar, o Senhor investigou a causa. Os filhos dos homens estavam unidos em prol de um objetivo, errado, mas estavam unidos. Quão triste é ver os filhos de Deus desunidos, quando até mesmo os filhos das trevas tem sido mais prudentes.
v.8 – Há três grandes julgamentos de pecados cometidos pela humanidade na primeira parte de gênesis: expulsão do éden, dilúvio e dispersão das pessoas de Babel.
v.31 – Tera foi chamado inicialmente para Canaã, mas desistiu no meio do caminho. O seu filho, Abraão, que continuou a caminhada.


GÊNESIS 12
v.1 – O nome Abrão significa exaltado, enquanto Abraão significa pai de uma multidão. A intenção de Deus era ter um homem que o conhecesse, o servisse e guardasse os seus caminhos. Dessa família surgiria uma nação escolhida, de pessoas separadas de práticas ímpias. A chamada de Abraão envolvia não somente uma pátria terrestre, mas também uma celestial.
            Foram feitas três exigências para Abraão e Sarah, que demandaram grande obediência. A terra representava a região onde cresceu e morava (hábitos e costumes do povo); a parentela, o clã (sua identidade familiar); casa de seu pai, ou seja, os laços afetivos mais estreitos e a responsabilidade da liderança.
            As ordens de Deus eram bastante difíceis, pois, na época, apenas pessoas assoladas pela pobreza ou os exilados perambulavam de um lado para o outro; somente os sem terra e os fugitivos abandonavam a sua origem e vagavam pelo mundo.
            Assim como Abraão, nós somos chamados a renunciar tudo por amor a Cristo, visando ganharmos o nosso lar celestial. A nossa casa é querida, nossos parentes também, mas devemos amar tudo menos do que amamos a Deus (ver Lc 14.26).
            No tocante a chamada de Abrão, nós aprendemos nesse capítulo:
a) Escolha Divina – Deus escolheu Abrão, e isto importa conhecimento, aprovação, confiança e preparação para o fim destinado;
b) O Plano Divino – mediante o Seu escolhido, abençoar muitos povos;
c) A Chamada Divina – uma chamada positiva, individual, imperativa;
d) A Proteção Divina – “amaldiçoarei os que te amaldiçoarem”;
e) A Revelação Divina – “apareceu o Senhor a Abraão”;
f) A Promessa Divina – “à tua descendência darei esta terra”.

v.2 – Deus prometeu abençoar Abrão e torna-lo famoso, mas para isso precisava obedecer. Ele obedeceu e partiu em direção a promessa, para um futuro de bênçãos ainda maiores. Deus pode estar tentando levar você a um lugar onde poderá ser de grande proveito para Ele. Não permitam que o conforto e a segurança o façam perder o plano de Deus para a sua vida.

v.3 – Esta é a segunda profecia (ver Gn 3.15) a respeito da vinda de Cristo a este mundo. O texto fala de uma benção espiritual que viria através de um descendente de Abraão. Paulo declara que esta benção é o evangelho oferecido a todas as nações (Gl 3.8,14,16).
v.4 – Alguns estudiosos acham que Abrão desobedeceu a Deus quando levou Ló, porém, os versículos sugerem que foi Ló quem tomou a decisão de ir.
v.5 – Esta é a primeira vez que Canaã é mencionada como terra na Bíblia.
v.6 – Ao chegar lá, Abrão poderia imaginar que receberia todos os sinais da terra prometida, porém, Deus queria que ele continuasse vivendo pela fé. Lá moravam os perversos cananeus, que não deixariam o abençoado Abrão se estabelecer sem impor dificuldades. Todas as pessoas devem considerar-se estranhas e temporárias neste mundo, e, pela fé, encarar esta terra como um local estranho.
v.7 – Primeiro caso descrito na Bíblia de teofania, mas é provável que Deus já tivesse aparecido antes para Abraão.

v.10Abrão desce ao Egito: isto parece um desvio da senda da fé, e ali Abrão perde sua confiança na proteção de Deus, e pretende valer-se de um subterfúgio para evitar o ciúme do rei da terra. Contudo, Deus o protegeu sem ele esperar. Notemos sete coisas neste desvio de Abrão:
a) Agiu sem consultar a Deus;
b) Escolheu seu destino, confiando na própria inteligência;
c) Valeu-se da duplicidade para conseguir o seu propósito (v.13);
d) Perdeu de vista a perspectiva e o plano da sua vida (2.12);
e) Sua astúcia parecia alcançar bom êxito (v.14,15);
f) Se complicou na trama que ele mesmo criou (v.18);
g) Foi censurado por um rei pagão e mandado para a sua terra (v.18,20).

v.11 – É muito raro a Bíblia mencionar a beleza física de alguém. Um outro exemplo que podemos citar é o de José (Gn 39.6).

v.13 – A confiança que Abrão tinha em Deus falhou, e o resultado foi agir de engano, o que lhe rendeu várias complicações, inclusive o seu banimento vexatório do Egito. Tal fracasso é um lembrete aos crentes, no sentido de não olharem para as circunstâncias, mas sim para as promessas e a fidelidade de Deus. A fraqueza de Abrão nos mostra que Deus, no infinito da Sua misericórdia, nos traz de volta à sua vontade e propósito. 

v.17 – Esta é a primeira manifestação do cumprimento da promessa feita por Deus de amaldiçoar ou abençoar alguém que estivesse no caminho de Abrão.

Fontes: Bíblia de Estudo Pentecostal; O Novo Comentário Bíblico; Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.

GÊNESIS 9

Deus prometeu tomar conta de suas vidas para que povoassem a terra. O Senhor deu novamente a terra para nós, diferente do que era no paraíso, mas muito melhor do que merecemos, que é o inferno. O homem no estado da inocência era governado pelo amor, mas agora seria pelo temor ao Senhor.
v.1/7 – A maioria dos estudiosos entende que até aqui os homens só se alimentavam de frutas e vegetais. O dilúvio mexeu com a fertilidade da terra, tornando os seus frutos menos agradáveis e nutritivos. Talvez o homem nunca tivesse pensado nisso até Deus falar.
            Os doutores judeus falavam dos sete preceitos de Noé, que deveriam ser observados por todas as nações.
a) Contra a adoração a ídolos;
b) Contra a blasfêmia, requerendo que se bendiga o nome de Deus;
c) Contra o homicídio;
d) Contra o incesto e a impureza;
e) Contra o roubo e a propina;
f) Requerendo a administração da justiça;
g) Contra comer carne com sangue.

V.5 – Deus irá requerer que cada pessoa dê conta de seus atos. Não podemos fazer mal ou matar outro ser humano sem ter de responder a Deus, uma pena deve ser paga.
v.6 – Deus procurou salvar a vida humana, reprimindo o homicídio na sociedade. Ele assim fez, de duas maneiras:
a) acentuou o fato que o ser humano foi feito a imagem e semelhança de Deus;
b) instituiu a pena de morte.
            A pena de morte foi reafirmada no Novo Testamento? Sim, quando se fala de “espada”. Ver At 25.11; Rm 13.4 e Mt 26.52.

v.8/17 – O pacto continha três partes:
a) nunca mais a terra seria destruída por águas de dilúvio;
b) enquanto houvesse terra, as estações aconteceriam como esperado;
c) um arco seria visto quando chovesse na terra.
            Esta promessa, porém, não impede que Deus possa trazer outros juízos terríveis sobre a humanidade, porque, embora tenha prometido não usar mais esta flecha, Ele tem outras para usar.

v.21 – Esta primeira menção de vinho nas Escrituras está ligada à embriaguez, ao pecado, a vergonha e a maldição. Por causa dos males da bebida, Deus fez da abstinência total o padrão reto para o seu povo. Ver Lv 10.9, Pv 31.4.
            Temos como pensar que Noé nunca tinha ficado embriagado antes e nem depois, devido a surpresa com a sua falha. Foi um grande pecado, principalmente por ter ocorrido logo após um grande livramento. Deus o deixou sozinho, assim como fez com Ezequias (2 Cr 32.31). Precisamos ter muito cuidado para não exagerarmos nas coisas boas que Deus nos deu, e também não devemos ficar com os nossos corações sobrecarregados (Lc 21.34).
            A consequência do pecado de Noé foi à vergonha. Numa comparação entre Adão e Noé, o primeiro tentou se esconder quando viu que estava nu, enquanto o segundo estava tão destituído de pensamento e razão que não procura sequer se cobrir.

v.25 – Este versículo tem sido utilizado de maneira errônea para justificar o preconceito racial e até mesmo a escravidão. No entanto, a sentença de Noé não foi dirigia a nenhuma raça em particular, mas à nação cananeia. A sentença foi cumprida quando os israelitas entraram na terra prometida e expulsaram os cananeus.
            Se Cam tivesse visto acidentalmente e não tivesse comunicado aos irmãos, não seria pecado, mas ele sentiu prazer na visão. Talvez ele mesmo já tivesse se embriagado antes e tenha sido repreendido pelo pai, e, naquele momento, se regozijava com a situação. Aqueles que andam em falso caminho se alegram pelos passos em falsos que alguém honrado pode cometer, por isso devemos vigiar.
            É errado divulgar os defeitos da pessoa. Noé era um bom homem e um bom pai para Cam, não merecia tal tratamento. Sem e Jafé o envolveram num manto, que podemos até chamar de “manto do amor” (1 Pe 4.8).
            Por que Noé amaldiçoou Canaã ao invés de Cam? Talvez Canaã estivesse envolvido no pecado de Cam, ou tivesse os mesmos defeitos de caráter do pai.
            Há duas possíveis razões para a profecia de Noé:
a) seu filho agora era mais culpado que os demais;
b) a posteridade desse filho seria, mais tarde, desarraigada de sua terra para dar lugar a Israel. Moisés registrou tais palavras para motivar Israel nas guerras!
            Servo dos servos significa o mais insignificante e desprezível.
            Sem foi, sem dúvida, muito abençoado. Da sua descendência vieram os judeus e, consequentemente, a igreja. Todos aqueles que professam a Cristo como Senhor terão a honra e o poder deste mundo em uma medida que Deus considerar adequada. O sacerdócio foi dado a Sem.
            No tocante a Jafé, que deu origem aos gentios, a sua benção pode ser considerada como a conversão deles ao evangelho.

Fontes: Bíblia de Estudo Pentecostal; O Novo Comentário Bíblico; Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.