GÊNESIS
11
v.1
– Esta passagem diz respeito ao tempo que veio logo após o dilúvio, uma época
anterior a dispersão dos clãs (Gn 10.5,20,31,32). A antiga divisão entre filhos
de Deus e filhos dos homens sobreviveu ao dilúvio. Se havia outros idiomas
antes do dilúvio, provavelmente só o de Noé permaneceu.
v.3,4
– A torre de Babel era mais parecida com um zigurate (pareciam pirâmides com
degraus ou rampas laterais). Era uma estrutura comum na Babilônia na época,
chegando a uma altura de 99 metros de altura e de largura também.
A torre de Babel foi uma grande conquista humana, uma
maravilha do mundo, porém, era um monumento para engrandecer pessoas, não a
Deus. Somos livres para prosperar em muitas áreas, mas não para pensar em tomar
o lugar de Deus. Quais torres você tem construído em sua vida?
O pecado do povo na terra de Sinar foi à ambição de
dominar o mundo e dirigir o seu próprio destino, à parte de Deus, através da
união política centralizada, poder e grandes conquistas. Esse desígnio era
fruto do orgulho e rebeldia contra Deus. O Senhor frustrou o propósito deles,
multiplicando idiomas em seu meio, de tal maneira que não podiam comunicar-se
entre si, isso deu origem a diversidade de raças e idiomas no mundo.
v.5
– Por ser um justo juiz, antes de julgar, o Senhor investigou a causa. Os
filhos dos homens estavam unidos em prol de um objetivo, errado, mas estavam
unidos. Quão triste é ver os filhos de Deus desunidos, quando até mesmo os
filhos das trevas tem sido mais prudentes.
v.8
– Há três grandes julgamentos de pecados cometidos pela humanidade na primeira
parte de gênesis: expulsão do éden, dilúvio e dispersão das pessoas de Babel.
v.31
– Tera foi chamado inicialmente para Canaã, mas desistiu no meio do caminho. O
seu filho, Abraão, que continuou a caminhada.
GÊNESIS
12
v.1
– O nome Abrão significa exaltado, enquanto Abraão significa pai de uma
multidão. A intenção de Deus era ter um homem que o conhecesse, o servisse e
guardasse os seus caminhos. Dessa família surgiria uma nação escolhida, de
pessoas separadas de práticas ímpias. A chamada de Abraão envolvia não somente
uma pátria terrestre, mas também uma celestial.
Foram feitas três exigências para Abraão e Sarah, que
demandaram grande obediência. A terra
representava a região onde cresceu e morava (hábitos e costumes do povo); a parentela, o clã (sua identidade
familiar); casa de seu pai, ou seja, os laços afetivos mais estreitos e a
responsabilidade da liderança.
As ordens de Deus eram bastante difíceis, pois, na época,
apenas pessoas assoladas pela pobreza ou os exilados perambulavam de um lado
para o outro; somente os sem terra e os fugitivos abandonavam a sua origem e
vagavam pelo mundo.
Assim como Abraão, nós somos chamados a renunciar tudo
por amor a Cristo, visando ganharmos o nosso lar celestial. A nossa casa é
querida, nossos parentes também, mas devemos amar tudo menos do que amamos a
Deus (ver Lc 14.26).
No tocante a chamada de Abrão, nós aprendemos nesse
capítulo:
a) Escolha Divina – Deus escolheu Abrão, e isto importa conhecimento,
aprovação, confiança e preparação para o fim destinado;
b) O Plano Divino – mediante o Seu escolhido, abençoar muitos povos;
c) A Chamada Divina – uma chamada positiva, individual, imperativa;
d) A Proteção Divina – “amaldiçoarei os que te amaldiçoarem”;
e) A Revelação Divina – “apareceu o Senhor a Abraão”;
f) A Promessa Divina – “à tua descendência darei esta terra”.
v.2
– Deus prometeu abençoar Abrão e torna-lo famoso, mas para isso precisava
obedecer. Ele obedeceu e partiu em direção a promessa, para um futuro de
bênçãos ainda maiores. Deus pode estar tentando levar você a um lugar onde
poderá ser de grande proveito para Ele. Não permitam que o conforto e a
segurança o façam perder o plano de Deus para a sua vida.
v.3
– Esta é a segunda profecia (ver Gn 3.15) a respeito da vinda de Cristo a este
mundo. O texto fala de uma benção espiritual que viria através de um
descendente de Abraão. Paulo declara que esta benção é o evangelho oferecido a
todas as nações (Gl 3.8,14,16).
v.4
– Alguns estudiosos acham que Abrão desobedeceu a Deus quando levou Ló, porém,
os versículos sugerem que foi Ló quem tomou a decisão de ir.
v.5
– Esta é a primeira vez que Canaã é mencionada como terra na Bíblia.
v.6
– Ao chegar lá, Abrão poderia imaginar que receberia todos os sinais da terra
prometida, porém, Deus queria que ele continuasse vivendo pela fé. Lá moravam
os perversos cananeus, que não deixariam o abençoado Abrão se estabelecer sem
impor dificuldades. Todas as pessoas devem considerar-se estranhas e
temporárias neste mundo, e, pela fé, encarar esta terra como um local estranho.
v.7
– Primeiro caso descrito na Bíblia de teofania, mas é provável que Deus já
tivesse aparecido antes para Abraão.
v.10
– Abrão desce ao Egito: isto
parece um desvio da senda da fé, e ali Abrão perde sua confiança na proteção de
Deus, e pretende valer-se de um subterfúgio para evitar o ciúme do rei da
terra. Contudo, Deus o protegeu sem ele esperar. Notemos sete coisas neste desvio
de Abrão:
a) Agiu sem consultar a
Deus;
b) Escolheu seu
destino, confiando na própria inteligência;
c) Valeu-se da
duplicidade para conseguir o seu propósito (v.13);
d) Perdeu de vista a
perspectiva e o plano da sua vida (2.12);
e) Sua astúcia parecia
alcançar bom êxito (v.14,15);
f) Se complicou na
trama que ele mesmo criou (v.18);
g) Foi censurado por um
rei pagão e mandado para a sua terra (v.18,20).
v.11
– É muito raro a Bíblia mencionar a beleza física de alguém. Um outro exemplo
que podemos citar é o de José (Gn 39.6).
v.13
– A confiança que Abrão tinha em Deus falhou, e o resultado foi agir de engano,
o que lhe rendeu várias complicações, inclusive o seu banimento vexatório do
Egito. Tal fracasso é um lembrete aos crentes, no sentido de não olharem para
as circunstâncias, mas sim para as promessas e a fidelidade de Deus. A fraqueza
de Abrão nos mostra que Deus, no infinito da Sua misericórdia, nos traz de
volta à sua vontade e propósito.
v.17 – Esta é a primeira manifestação do cumprimento
da promessa feita por Deus de amaldiçoar ou abençoar alguém que estivesse no
caminho de Abrão.
Fontes: Bíblia de Estudo Pentecostal; O Novo Comentário Bíblico; Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.