segunda-feira, 16 de abril de 2012

Enoque: o homem que andava com Deus!




Antes de iniciarmos propriamente sobre Enoque, vamos falar um pouco sobre fé, em especial da sua natureza e espécies. Eis o que está escrito em Hb. 11:6 - Ora, sem fé e impossivel agradar-lhe, porque e necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que é galardoador dos que o buscam.
       Podemos dizer que fé em geral e uma crença de testemunho ou a certeza da realidade de um objeto invisível. Difere do saber, porque esse se baseia na evidência dos sentidos, ao passo que a fé aceita o testemunho de outros.
       O grau da fé depende da natureza do testemunho alcançável. Em alguns casos, o testemunho e tão forte que pode ser igualado ao saber. Em outros, porém, é fraco e até duvidoso.
       A fé está relacionada com os três tempos: passado, presente e futuro. A fé no passado requer a crença na história e nos acontecimentos que ocorreram antes de nós. A fé no presente exige que acreditemos nos homens e nas coisas que não podemos ver nem entender. A fé no futuro pede que acreditemos que certos resultados seguirão necessariamente determinadas causas. A fé no futuro combina com a esperança.
       A fé, por vezes, é necessária onde a razão tem dificuldade em compreender. É absurdo o homem afirmar que crê somente naquilo que entende. Poderia esse homem explicar como a mente funciona e por que ele se sente capaz de levantar ou abaixar o braço a vontade, quando bem lhe parece? Em todas as relações e a cada momento de nossa vida, somos obrigados a crer em coisas que não entendemos nem podemos explicar.
       A Bíblia apresenta duas espécies de fé: teórica ou individual, que geralmente chamamos de crença, e a fé salvadora, aquela prevista em Hb. 11:6.
       A fé teórica, obviamente, não é a fé salvadora. O individuo pode ter uma boa crença e permanecer mau, mas os elementos dessa fé estão incluídos na fé salvadora, e sem eles o arrependimento e a fé justificadora serão impossíveis.
       A simples crença nos fatos e nas doutrinas cristas não é suficiente para salvar a nossa alma. Essa simples crença não é melhor que a dos demônios, pois eles creem e sabem que Jesus é o Cristo.
       A fé salvadora, segundo Paulo, é o meio pelo qual todo o ser do crente - sua inteligência, seu coração, sua vontade - entra em posse da salvação que a encarnação e a morte do Filho de Deus adquiriram para ele. E pela fé que se recebe a Cristo; só então ele passa a ser tudo para o homem e pelo homem. A fé que não se apropria da salvação não tem valor algum: as fontes da nova vida são fechadas, e o cristianismo e destruído em suas bases. Com base em tudo já dito, podemos dizer que só somos salvos pela fé em Cristo.
       Dito isto, agora podemos falar sobre Enoque. A palavra Enoque significa instrutor, iniciador. Uma curiosidade a respeito dele e que foi pai de Matusalém, o homem registrado na Bíblia que teve a vida mais longa, e para alguns estudiosos o seu nome significa quando morrer acontecerá, então alguns rabinos acreditam que esse nome era profético e apontava para o dilúvio, e inclusive existe uma tradição judaica que afirma que o dilúvio só começou no dia em que Matusalém morreu.
       No estudo de Enoque, podemos citar o seu andar, a sua fé, a sua profecia e o seu arrebatamento.
       A frase E ANDOU ENOQUE COM DEUS exprime uma vida de comunhão com o Senhor e obediência. Mas o que e andar com Deus?
       Vamos conferir alguns textos bíblicos que irão responder tal questionamento. Em Dt. 10:12 está escrito: Agora, pois, ó Israel, que é o que o Senhor, teu Deus, pede de ti, senão que temas ao Senhor, teu Deus, e que andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao Senhor, teu Deus, com todo o teu  coração e com toda a tua alma.
       Aqui, Deus não queria que o povo trocasse o amor sincero e profundo por Ele por meras formalidades religiosas, o conhecido legalismo.
       Em 1 Ts. 2:12 diz: Para que vos conduzísseis dignamente para com Deus, que vos chama para o Reino e gloria.
       Esse versículo nos ensina que devemos andar como dignos de Deus, ou seja, afastados de toda aparência do mal; se é pecado passamos longe, se temos duvida se é ou não pecado também passamos longe. Estamos aqui na Terra num processo de santificação, não devemos nunca esquecer disso.
       Para sabermos como é andar com Deus devemos saber como Jesus andou. Em At. 10:38 está escrito: Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com Ele.
       Então, nos moldes de Jesus, para andarmos com Deus devemos ter o Espírito Santo em nossas vidas, fazer sempre o bem e, na autoridade do nome de Jesus, levar a Palavra de Deus a todos, desfazendo as obras do diabo.
       Aprender a andar com Deus leva tempo. Precisamos ter tempo para ler a Bíblia, para orarmos, para entendermos a vontade de Deus em nossas vidas, pois a sua vontade é suave e perfeita. O mundo é muito atraente, mas devemos priorizar o nosso tempo com Deus.
       Quando estivermos andando com Deus, as pessoas irão perceber a diferença em nossas vidas. Podemos citar Moises como exemplo, em Ex. 34:29-35, pois ele andava com Deus e nessa situação o seu rosto resplandecia.
       A fé já foi explicada anteriormente, mas só para confirmar: a fé de Enoque era a de Hb. 11:5-6, ou seja, a fé salvadora.
       No tocante a sua profecia, prevista em Jd. 1:14-15, Enoque, inspirado pelo Espírito de Deus, disse a respeito da vinda do Senhor com os seus santos. Tal vinda corresponde a batalha final de Armagedon, na qual já sabemos o final, com Jesus aprisionando o diabo por 1000 anos.
       O caso do seu arrebatamento é um dos mais extraordinários relatados com grande economia de palavras. Quando isso aconteceu com Elias, o caso foi contado com detalhes (2 Reis 2:1-11). A Bíblia nos diz que Enoque foi transladado antes do dilúvio para não ver a morte, e ele representa também os cristãos que serão arrebatados antes dos eventos do apocalipse. Já Noé, que estudaremos melhor na semana que vem, ele foi deixado sobre a terra durante o dilúvio, e ele representa o povo que será conservado durante o apocalipse.
       É provável que Enoque, além de profeta, tenha sido também um pregador da Palavra de Deus, com as pessoas deixando de lado suas vidas ímpias para servirem ao único e verdadeiro Deus. Por esse motivo, é capaz que a popularidade de Enoque fosse absurda, e o Senhor percebendo que com a sua morte o povo iria acabar idolatrando ele, fazendo do seu tumulo um santuário, por exemplo, preferiu arrebatá-lo e deixar o povo somente com a mensagem pregada por Enoque, as suas profecias e o seu bom testemunho.


Fontes: Manual Prático de Teologia - Eduardo Joiner;
A Bíblia Explicada;
Revista Heróis do Antigo Testamento - Central Gospel
Blogs Cristãos

Nenhum comentário:

Postar um comentário