segunda-feira, 20 de abril de 2015

ESTUDO DE GÊNESIS 6/8

Aula da EBD FEC - 19/04/2015

GÊNESIS 6

v.1,2 – Dois fatores ocasionaram a iniquidade no mundo antigo:
a) O crescimento da raça humana gerou a depravação dos homens, transformando a benção da multiplicação (ordenada por Deus) em maldição. Ver Pv 29.16. Doenças infecciosas são mais destrutivas em cidades com grande população, e o pecado é uma lepra contagiosa. A igreja, quando o número de discípulos foi multiplicado, houve murmuração (At 6.1), e nós descobrimos uma nação que foi multiplicada, e não para a sua alegria (Is 9.3).
b) Casamentos mistos – os filhos de Deus, isto é, os membros da religião (filhos de Sete), que eram chamados pelo nome do Senhor, desposaram as filhas dos homens, isto é, pessoas profanas e estranhas a Deus. A posteridade de Sete se misturou com a de Caim. Ver 1 Co 6.10 e Dt 7.3,4.
            A teoria de que os filhos de Deus eram anjos caídos não subsistem, pois anjos não se casam ou reproduzem (Mt 22.30). A expressão “tomaram para si mulheres” é usada no Velho Testamento somente como referência ao casamento legítimo, não para relações sexuais ilícitas.
v.3 – O Espírito Santo contende com os pecadores através das condenações e advertências da consciência, para trazê-los de volta pra Deus. Embora a pessoa possa contender por muito tempo, não será para sempre (Os 4.17).
            Esta afirmação tem sido explicada por alguns estudiosos como se Deus concedesse às pessoas, nos dias de Noé, 120 anos para mudarem seus caminhos pecaminosos. O tempo dado por Deus para nós pode estar se esgotando também, então devemos buscar o Seu perdão enquanto há tempo.

v.4,5Nefilins – eram gigantes e homens de renome. Eles eram o terror dos heróis na terra dos viventes, violando direitos e passando por cima de tudo o que é sagrado. Mediam aproximadamente 3 metros de altura (ver Nm 13.33). Golias tinha aproximadamente 2,7 metros.
v.5 – Nos dias de Noé, o pecado abertamente se manifestava no ser humano, de duas principais maneiras: a concupiscência carnal e a violência.

v.6,7 – Deus se sentia ferido e ofendido pela iniquidade humana. O “arrepender” não insinua qualquer emoção ou desconforto em Deus, mas sim o seu justo e sagrado desgosto contra o pecado e os pecadores. O Senhor se sente como os homens se sentem quando são prejudicados e maltratados por pessoas que foram ajudadas anteriormente. Porém, a palavra arrependimento nunca foi dita por Deus no tocante a restauração do homem, pois a graça especial e efetiva é dada para assegurar os grandes objetivos da redenção. Deste modo, os dons e chamadas são sem arrependimento (Rm 11.29).
            Deus altera sim seus sentimentos, atitudes, atos e intenções, conforme as pessoas agem diante da Sua vontade.
            O Senhor fala do homem como a sua criatura, mesmo quando decide sobre a sua destruição. Em outras palavras, mesmo tendo criado os homens, isso não os isentará da destruição – ver Is 27.11. Se Aquele que é o nosso criador não for o nosso soberano, Ele será o nosso destruidor.
            É bom falar também que a arca, um meio de salvação, era uma simples e clara figura de Cristo. Passando pelas águas da morte, saiu a salvo numa nova criação.
            O juízo, é bom falar, que é uma obra estranha de Deus (Is 28.21), pois é diferente da obra que Ele tem prazer em fazer: misericórdia. O juízo tem cinco aspectos:
1°) é para a glória de Deus;
2°) é para a instrução das nações (Is 26.9);
3°) é purificador (Gn 15.16 e Lev. 18.25);
4°) é uma libertação do mal;
5°) é profético (Lc 17.26,27).

v.8,10 – Quando o Senhor estava desgostoso com o mundo, Ele foi generoso com Noé, o que indica a justiça de Deus, pois o Senhor o descobriu e sorriu pra ele. Graças diferenciadas demandam obrigações particularmente severas. É provável que Noé não tenha encontrado graça perante os homens, mas encontrou perante Deus. Ver 2 Co 5.9.
            Vejamos algumas características de Noé:
a) justo – ele foi justificado diante de Deus pela fé na semente prometida, pois ele era um herdeiro da justiça que é segunda a fé (Hb 11.7);
b) íntegro – em suas conversas, procurava conscientizar os seus semelhantes que deveriam cumprir as obrigações que tinham com Deus e com os homens;
c) honesto – ninguém, a não ser que seja totalmente honesto, consegue alcançar graça diante de Deus.

v.13,21 – Deus fez de Noé seu homem de confiança, comunicando a destruição do mundo pela água. Existe algum momento parecido com esse na Bíblia? Sim, com Abraão – ver Gn 18.17. Devemos notar que o segredo do Senhor é para aqueles que o temem (Sl 25.14), Ele era conhecido pelos seus servos através do Espírito que os informava, particularmente, dos seus propósitos.
v.14 – A palavra hebraica traduzida aqui como arca significa um objeto apropriado para flutuar, e ocorre somente aqui e em Êx 2.3,5 (cesto flutuante de Moisés).
            A capacidade de carga da arca equivalia a um trem com 300 vagões, e podia comportar cerca de 7000 animais. Era do tamanho de um campo e meio de futebol, e mais alta que um prédio de quatro andares.
            Deus poderia ter destruído o mundo de outra forma? Existe algum outro exemplo além do citado acima de Abraão? Podemos citar a morte dos primogênitos egípcios, mortos por um anjo do Senhor. Deus poderia ter colocado um sinal na família de Noé, mas Ele optou pelo dilúvio.
v.22 – O que fez Noé ser tão cuidadoso e obediente a Deus?
a) Sua fé em Deus. Noé creu, temeu o dilúvio e construiu a arca. A fé de Noé triunfou sobre toda a incredulidade da destruição;
b) Obediência – Não foi uma tarefa fácil para Noé, podemos imaginar o quanto de humilhação deve ter sofrido, escutando coisas do tipo “A loucura de Noé”. Agora, ele recebeu a ordem e cumpriu. E nós, temos cumprido as ordens de Deus?
c) Para a sua própria segurança – Ele temia o juízo de Deus, e prezou pela sua segurança e de sua família. Quando Deus alerta sobre julgamentos que se aproximam, é uma atitude de bom senso nos prepararmos – Ex 9.20,21 e Ez 3.18.

            Será que Noé avisou as pessoas? É provável que Noé tenha falado aos seus vizinhos da ira vindoura de Deus (ver 1 Pe 3.20), e deve ter sido alvo de muita zombaria. Porém, Deus confirma as Palavras de seus mensageiros (Is 44.26).

GÊNESIS 7
v.1 – Pares de cada animal se juntaram a Noé na arca; sete pares foram dentre os animais para serem usados em sacrifícios. Estudiosos afirmam que cerca de 45.000 animais podem ter entrado na arca.
            Apesar de ter construído a arca, Noé não entrou nela até Deus o convidar. Deus não mandou, apenas o convidou, indicando assim que iria com ele e sua família.
v.2 – Como tantos animais ficaram dentro da arca sem devorarem uns aos outros? E como animais de tamanhos enormes, como elefantes, cabiam lá?
            A explicação mais coerente com a Palavra de Deus é a seguinte: sabemos hoje que existem animais que hibernam durante o inverno, num período de frio intenso e pouco alimento. Ex: ursos. Creio que Deus transformou aquele ambiente escuro e apertado num local propício para que hibernassem, eliminando assim a preocupação com as fezes e alimentação de cada animal de grande porte.
            No tocante ao tamanho, em nenhuma parte da Bíblia fala-se de animais adultos, somente a quantidade de animais que deveriam entrar na arca, portanto, creio que Deus possa ter enviado filhotes, machos e fêmeas de cada espécie, assim economizaria em muito o espaço na arca.

v.6 – Pedro refere-se ao dilúvio para relembrar que Deus julgará o mundo outra vez, mas agora por fogo (2 Pe 3.10). Tal julgamento resultará no derramamento da ira de Deus sobre os ímpios, como nunca houve na história. Deus nos chama para pregar aos ímpios o arrependimento, se voltando para Deus e, assim, conseguindo a sua salvação.

v.11,12 – Dois eventos precipitaram o dilúvio: a implosão de imensos reservatórios de águas subterrâneas, por terremotos e maremotos, além de chuvas torrenciais que caíram na terra por quarenta dias.
            A água cobriu todos os altos montes, o que significa um dilúvio universal, não apenas localizado. Foi apenas depois de 150 dias que a água começou a baixar. Noé desembarcou da arca 377 dias após o início do dilúvio.
            Em 2 Pe 3.6 está escrito que o mundo antediluviano “pereceu”, ou seja, todas as convulsões sofridas pela terra, a sua topografia foi grandemente modificada.

GÊNESIS 8
v.1 – Deus não falou com Noé por 150 dias. Sua fé estava sendo provada, pois ele não tinha a mínima ideia de quando a água baixaria. Se já faz tempo que Deus não age em sua vida, pode ter confiança que Ele agirá de novo, mas, enquanto isso, temos o dever de buscar ao Senhor e continuar obediente.

v. 20 – Aqui começa a terceira dispensação, a do Governo Humano. Tanto na consciência quanto na inocência, o homem fracassou. A declaração da aliança com Noé sujeita a humanidade a uma prova. O homem seria responsável por governar o mundo segundo a vontade de Deus.

Fontes: Bíblia de Estudo Pentecostal; O Novo Comentário Bíblico; Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

GÊNESIS 4

            Caim significa possessão. Muitos presumem que Eva achava que essa era a semente prometida, e que por isso havia triunfado nele, mas estava enganada. Aliás, como exemplo de engano parecido na Bíblia, podemos citar 1 Sm 16.6.
            Abel significa vaidade. Como pensava que já tinha sido cumprido a promessa em Caim, Abel seria apenas uma vaidade em sua vida. Para aqueles que tem interesse em Cristo, e fazem D´Ele tudo o que tem, as outras coisas são como nada.
            No campo das hipóteses, poderia ser que cada um tivesse uma ocupação para que pudessem negociar e fazer permutas entre si. O trabalho estava longe de ser uma desonra para eles, pelo contrário, era uma honra.
            Pode ser que Abel tenha escolhido tal profissão para ter tempo de devoção a Deus, pois, assim como Davi e Moisés cuidavam de seus rebanhos, tinham tempo para conversar com Deus.

v.3,5 – Para entendermos a significação das duas ofertas, uma aceitável e a outra refutada por Deus, podemos subentender que Caim e Abel ouviram muitas vezes a história do primeiro pecado e do primeiro sacrifício: a morte do animal cuja pela forneceu as túnicas para Adão e Eva. É provável que o próprio Deus tenha dado ordens a Adão a respeito de tais ofertas. Tinham ouvido que as folhas de figueira, apesar de representarem esforço, não serviam pra nada, pois não havia derramamento de sangue. Caim deveria ter compreendido que não deveria trazer uma oferta da lavoura – 1ª posição. A 2ª posição diz que eles trouxeram suas ofertas conforme suas ocupações e posses (1 Co 16.1,2).
            Podemos imaginar se eles tiveram uma longa discussão, se eles brigaram, se Abel foi paciente. Aprendemos em Hb 11.4 que a oferta de Abel foi feita pela fé, por motivo dos atributos que ele via em Deus. Em 1 Jo 3.12 aprendemos que havia bastante diferença na conduta e caráter  dos dois irmãos, e isto deve ter ficado evidente durante os anos.
            A oferta de Caim é mencionada primeiro, talvez porque ele fosse o mais entusiasmado dos dois. O Senhor aceitou a oferta de Abel porque este compareceu diante D´Ele com fé genuína e consagração. A oferta de Caim foi rejeitada porque ele estava destituído de fé sincera e obediente, e porque as suas obras eram más. Deus tem prazer em nossas ofertas e ações de graça tão somente quando nos esforçamos para viver uma vida reta, de conformidade com a Sua vontade.
            Havia uma diferença no caráter das ofertas das duas pessoas. Caim era um homem ímpio, levava uma vida ruim, e, como consequência, o seu sacrifício era uma abominação ao Senhor. Deus não tinha respeito por Caim, e muito menos pela sua oferta. Com Abel foi diferente. Em Mt 23.35, ele foi chamado de justo. Seu coração era íntegro e devoto.

            Motivos da oferta superior de Abel:
1°) Em sua natureza
            A oferta de Caim era apenas um sacrifício de reconhecimento oferecido ao Criador, enquanto a de Abel reconhecia que ele era um pecador e implorava pelo seu favor.

2°) Características da oferta
            Caim trouxe o fruto do solo, qualquer coisa que veio facilmente a mão, algo que não desejava para si ou que não fosse negociável. Já Abel foi cuidadoso na escolha: não o defeituoso, o refugo, mas o primogênito do rebanho, do melhor que ele tinha.
            Abel ofertou visando à vontade de Deus como regra e a glória de Deus como finalidade, mas Caim fez apenas por companheirismo. Ele não era humilde, fez por si mesmo, era como um fariseu que glorificava a si mesmo.

           Ver Pv. 21.17. Deus avalia tanto os nossos motivos quanto à qualidade do que lhe oferecemos. Não devem nos preocupar as coisas de que estamos abrindo mão, pois tudo é de Deus, em primeiro lugar.

v.6,7 – Qual a sua reação quando alguém insinua que você fez algo errado? Você corrige o erro ou nega que precisa corrigi-lo? Após Caim ter o seu sacrifício rejeitado, Deus lhe deu a chance de corrigir seu erro e fazer uma nova tentativa, Deus até o encorajou a fazer isso. Porém, Caim se recusou, e o resto da sua vida é um exemplo assustador do que acontece com os que se recusam a admitir os erros. Da próxima vez que alguém insinuar que estamos errados, que venhamos a fazer uma reflexão e escolher o caminho de Deus, não o de Caim.
            Caim deveria ter ficado irritado consigo mesmo por sua própria deslealdade e hipocrisia, e o seu semblante deveria ser de arrependimento, não de raiva (Ex.: Lc 18.13). Um dos indícios que a pessoa tem um coração soberbo são as objeções que ela faz contra aquelas reprovações que recebe, por causa dos seus próprios pecados
v.7 – Trata-se aqui da ação do pecado sobre Adão. Deus retrata o pecado como uma força tentadora que, de modo semelhante a uma fera ou demônio, está pronto para atacar e devorar. Por outro lado, Deus também concede aos seres humanos a capacidade de vencer e de resistir ao pecado, quando nos submetemos à sua palavra, capacitados por sua graça. É do ser humano a opção de ceder ao pecado ou a vencê-lo.

            Como Caim poderia vencer o pecado?
Resposta: Ele teria que expulsar o ciúme doentio da sua vida. Semelhante a Caim, seremos vítimas do pecado caso não o vençamos, e só podemos vencê-lo com a ajuda preciosa do Espírito Santo.

v.8,10 – Este é o primeiro homicídio, uma vida tirada pelo derramamento de sangue humano. O sangue representa a vida; se o sangue for tirado de uma criatura vivente, esta morrerá.
            Talvez Adão e Eva não pensassem que seria tão ruim comer um fruto, mas reparem como o pecado se desenvolveu rápido e afetou seus filhos. Eles agiram contra Deus, mas Caim agiu contra Deus e outras pessoas.

v.9“Sou eu o guardador do meu irmão”?
            Alguns entendem que ele estava censurando tanto a Deus quanto a sua providência.

v.10 – Deus fala como se o sangue fosse ao mesmo tempo testemunha e acusador de Caim, porque o próprio conhecimento de Deus testifica contra ele, e a própria justiça de Deus exige uma satisfação. O sangue de Abel clamava por vingança, mas como é bom pra nós que o sangue de Cristo clame por perdão.
            A morte de Abel e o cuidado de Deus por ele, no decurso de todas as eras, observa atentamente todos os que sofrem por viver em retidão diante D´Ele. Deus conhece o sofrimento desses justos e o dia chegará que Ele agirá em favor deles, fazendo justiça e eliminando todo o mal.

v.11 – Caim foi amaldiçoado por Deus no sentido de Deus já não abençoar seus esforços para extrair da terra o seu sustento. Caim não se humilhou com tristeza e arrependimento diante de Deus, pois afastou-se do Senhor e procurou viver sem a sua ajuda.
            Caim foi severamente punido por Deus pelo seu pecado. O Senhor julga os pecados e os pune apropriadamente, com a finalidade de nos corrigir e restaurar nosso relacionamento com Ele. Quando você estiver passando pela correção, não fique ressentido, mas aproveite para renovar seu relacionamento com Ele.

v.13 – Caim censura a Deus, não aceitando a sua punição. Os corações sem humildade não são reformados pelas repreensões de Deus, pois se consideram ofendidos por elas. É uma prova de grande insensibilidade estarmos mais interessados em nossos sofrimentos do que em nossos pecados. Ver Lm 3.39.
            Ele se julga tratado com muito vigor, quando, na verdade, foi tratado com muita gentileza. As culpas imperdoáveis enchem os homens com terrores constantes – ver Sl 53.5 e Jó 15.20,21.

v.14 – Até o momento, só lemos a respeito de quatro pessoas: Adão, Eva, Caim e Abel. Surgem duas questões: por que Caim ficou preocupado em ser morto por outras pes.soas, e onde ele se arrumou uma esposa?
            Adão e Eva tinham inúmeros filhos que haviam sido instruídos a “encher a terra”. Caim sentia-se extremamente culpado pelo homicídio que cometera, e provavelmente temia repercussões por parte da sua família. Se ele era capaz de matar, sua família também. A esposa de Caim pode ter sido uma das suas irmãs ou sobrinhas.

v.15 – Talvez esse sinal deva ser entendido como posto em Caim para assegurá-lo da promessa de Deus.

v.16 – Caim e seus descendentes foram os cabeças da civilização humana até hoje desviada de Deus. A motivação básica de todas as sociedades humanistas está em superar a maldição, buscar o prazer e reconquistar o paraíso, sem submissão a Deus.

v.17 – Estar banido da face do Senhor é uma condenação que faz parte do inferno – 2 Ts 1.9. Isto é o mesmo que ser perpetuamente banido da origem de todo o bem, esta é a escolha dos pecadores.
            Adão e Eva tiveram outros filhos e filhas. Caim, portanto, deve ter se casado com uma das suas próprias irmãs. Semelhante relacionamento foi uma necessidade no início. Posteriormente, devido à proliferação dos funestos efeitos da queda e os casamentos entre parentes multiplicarem anomalias biológicas nos filhos, esse tipo de casamento foi proibido.

v.19 – Lameque era descendente de Caim, foi o primeiro que transgrediu a lei do casamento e se casou com duas mulheres. Aqueles que abandonam a igreja abrem-se a todas as formas de tentação.
            Quando um hábito ruim é iniciado por um homem ruim, em algumas vezes homens bons são tragados também. No caso de casamentos múltiplos, podemos citar Jacó e Davi.

V.23,24 – Aqui percebemos que Lameque era um homem mau, assim como Caim. Não é de se admirar que, aquele que violou as regras do casamento, também violasse outra que o obriga a ser gentil, reconhecendo a mulher como vaso mais frágil. Aqueles que nem sempre são os mais cuidadosos para cumprir com as suas obrigações, são os que mais exigem respeito dos outros, principalmente dos parentes.
            É comum que homens cruéis se gloriem naquilo que geralmente é motivo de escândalo. Ver Fp 3.19.
            Ele falou que Deus vingaria a sua morte de forma exemplar, se baseando no que Deus falou para a situação de Caim, e como se o Senhor fosse um protetor de assassinos. Podemos notar que o adiamento da sentença de alguns pecadores e a paciência de Deus com eles são, muitas vezes, mal utilizados para o endurecimento de outros que insistem em andar por caminhos igualmente pecaminosos. Ver Ec 8.11. Porém, embora a justiça atinja mais lentamente alguns, eles estarão apenas “coletando” para si a ira que está preparada para o dia da ira.

v.25,26 – Quando o Senhor permite que seja tirado um consolo (Abel), Ele lhes dá outro em seu lugar, e que pode se tornar uma benção maior ainda.


v.26 – Sob o incentivo de Enos, tiveram começo as orações e o culto público ao Senhor. Os familiares ímpios de Caim organizaram e dirigiram suas vidas em torno das artes e empreendimentos seculares, e instituíram um modo de vida voltado para a altivez e a arrogância. A família de Sete, ao contrário, invocava “o nome do Senhor”, expressando assim a Sua dependência D´Ele. Dessa forma, duas descendências totalmente diferentes foram ocupando a terra, a dos justos e dos ímpios.

Fontes: Bíblia de Estudo Pentecostal; O Novo Comentário Bíblico; Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

GÊNESIS 3

Aula da FEC - 05/04/15

            Se a serpente era simplesmente influenciada ou se era uma materialização dele, não sabemos. Não resta dúvida, porém, que satanás é a causa principal da tentação.

v.1 -     A tentação começa com uma dúvida sobre o que Deus dissera: é assim que Deus disse? E Eva, na sua resposta, não tem o cuidado de citar as palavras de Deus corretamente, acrescentar o “nem nele tocareis”, mudando o sentido. Devemos ter cuidado para não torcer a Palavra de Deus.

Por que satanás nos tenta?
            A tentação é um convite a viver segundo a vontade dele.

Como nós podemos resistir?
            Ser tentado não é pecado, só quando caímos na tentação. Para resistir precisamos:
a) orar pedindo forças;
b) correr, as vezes literalmente;
c) dizer não quando sabemos que é errado.

            Satanás tem um plano para acabar com a sua dúvida, com alguns passos, que são os seguintes:
Dúvida
Desencorajamento
Desvio
Derrota
Demora
Faz você questionar a Palavra de Deus e a sua bondade.
Faz você olhar para os seus problemas, não para Deus.
Faz as coisas erradas parecerem atraentes, a ponto de deseja-las mais que as coisas certas.
Faz você sentir-se um fracassado e não ter ânimo de sequer tentar.
Faz você adiar algo de modo que nunca consiga termina-lo.


v.4 – Na 1ª mentira contada na Terra, satanás chamou Deus de mentiroso.
            O que notamos no pecado de Eva?
1°) Concupiscência da carne – “boa pra se comer”;
2°) Concupiscência dos olhos – “desejável para dar entendimento”.

            Percebemos, desde o 1° pecado, que Deus foi procurar o pecador e não o pecador que foi procurar a Deus.

V.6 – Vamos reparar o que Eva fez: olhou, apanhou, comeu e deu. Geralmente, a batalha é perdida no 1° olhar. No direito nós temos o iter criminis, que significa o caminho do crime, com as seguintes fases: cogitação, preparação, execução e consumação. As duas primeiras fases não são punidas, somente a partir da 3ª que o ordenamento positivo passa a punir. No caso de Eva, se ela somente tivesse olhado o fruto, ao até mesmo pego ele do pé, mas não comigo, não haveria pecado.
            Paulo, em Rm 5.12, fala do pecado como sendo de Adão. Ele pecou deliberadamente, sem ter sido ludibriado pela serpente.
            Uma das realidades do pecado é que os seus efeitos se espalham.

v.10 – Aqui eles percebem que não haviam se tornado como Deus, mas sim se afastado D´Ele.

V.13 – Como o engano de satanás se aplica nos dias de hoje?
a) Ele engana e cega às mentes dos indivíduos deste mundo, para que não compreendam o evangelho;
b) Certas pessoas da igreja crerão que poderão viver na imoralidade e, mesmo assim, herdar o reino de Deus.

V. 14,15 – No tocante a sentença da serpente, duas dificuldades aparecem, uma técnica e outra moral. A científica é que hoje a serpente não se alimenta do pó, mas sim de animais, como também ela se adaptou aos locais muito bem. A moral é porque ela foi punida por algo que ela não fez, foi só um instrumento.
Resposta: As duas dificuldades neutralizam-se. Se o moralista nos diz que Deus não poderia punir por algo que a serpente não fez, o homem da ciência nos assegura que Ele não fez. O verdadeiro peso da sentença recai sobre o ofensor, o diabo, enquanto a mera forma da sentença recaiu sobre a serpente.
            Mas, se foi o tentador quem pecou, por que Deus não o sentenciou?
Resposta: Porque, no velho testamento, há uma notável reserva à personalidade de satanás. A razão é evidente: os homens não podem suportar o conhecimento do seu inimigo espiritual até a vinda do seu libertador. Se percebermos que não foi a vontade de Deus nesse momento revela a existência do maligno, podemos entender porque Ele permitiu-lhe manter o aspecto de serpente.

            A aliança adâmica determina a vida do homem decaído, marcando condições que prevalecerão até o Reino.

V.15 – Aqui foi o 1° anúncio da redenção na Bíblia.
Porei ... e o seu descendente” – isto é, haverá uma luta entre o homem e o poder que causou a sua queda;
Este ferirá a cabeça” – o homem será vitorioso por meio do Seu representante, o Filho do homem;
E tu lhe ferirás o calcanhar” – a vitória será por meio de sofrimento, da morte do descendente da mulher, Cristo.

            Aqui também temos a definição de “proto evangelho”. Nesse texto, mesmo que de forma singular, Deus promete o vindouro Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que destituiria satanás de seu poder e desfaria sua má obra. O Senhor estava mostrando Sua misericórdia mesmo quando julgava.

v.22 – O ser humano, através da queda, tornou-se até certo ponto independente de Deus, e começou a fazer o seu próprio julgamento entre o bem e o mal, sendo que o nosso julgamento é imperfeito e isso nunca foi vontade de Deus. Porém, todos que confessam Cristo como Senhor retornam ao propósito original de Deus.

v.24 – A partir desse momento satanás passou a ter poder sobre o mundo.

Fontes: Bíblia de Estudo Pentecostal; O Novo Comentário Bíblico; Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.

GÊNESIS 2

Aula da FEC - 05/04/15

            No capítulo 2 encontramos uma repetição do relato da criação, com mais detalhes. Esta peculiaridade do Espírito Santo, ao dar-nos dois relatos de um mesmo acontecimento, recebe o nome de “LEI DA DUPLA REFERÊNCIA”, e encontra-se por toda a Bíblia.

v.2 – Deus não descansou porque estava cansado, mas sim devido a Sua obra ter sido concluída.

V.3 – Deus abençoou o 7° dia e o destinou, tanto como dia sagrado e especial de repouso, como um memorial do término de todas as suas obras criadas. Deus, posteriormente, fez do sábado um dia de benção para o seu povo fiel. Reservou-o para ser um dia de descanso, de culto, adoração e comunhão com Ele.
            Sábado no novo testamento – Mt 12.8 e Cl 2.16. O sábado, no antigo testamento, prefigurava o repouso que encontramos em Cristo Jesus (Hb 4.1,11).

V. 4 – “Senhor Deus” é um nome pessoal que aparece em situações nas quais Ele é visto em relacionamento direto com o seu povo ou com a natureza. Quando aparece junto falam do Criador Onipotente em concerto amoroso com a raça humana.
            Alguém poderia dar algum exemplo que se assemelha a criação, com testemunhas, em menor escala?
R: A multiplicação dos pães e dos peixinhos

V.8 – O jardim estava localizado perto da planície aluvial do rio Tigre (Hidéquel) e do rio Eufrates. Alguns acreditam que estava localizado na região correspondente ao sul do Iraque.

V.9 – Duas árvores no jardim do Éden tinham significado especial. A “arvore da vida” provavelmente tinha por finalidade impedir a morte física, é relacionada com a vida perpétua em Gn 3.22. O povo de Deus terá acesso a árvore da vida no novo céu e na nova terra. Já a “árvore da ciência do bem e do mal” tinha por objetivo testar a fé de Adão e a sua obediência a Deus. O Senhor nos criou com liberdade moral para obedecermos ou nos rebelarmos.
            A nome da árvore do conhecimento do bem e do mal implica que o mal já havia acontecido, no tempo da queda de satanás.

V. 15,17 – Como o pecado de Adão é imputado ao resto da humanidade?
            Alguns dizem que o estado de culpa e corrupção é transmitido aos seus descendentes, outros creem que Adão surgiu como representante federal da raça humana.

V.16 – Qual foi o princípio regedor da comunhão de Adão com Deus?
            A vida por meio da fé e obediência. Adão foi advertido que morreria se transgredisse a vontade de Deus. Esse risco de morte tinha que ser pela fé, acreditando no que Deus dissera, pois Adão ainda não tinha visto a morte. O mandamento de Deus a Adão foi um teste moral, enquanto Adão cresse viveria para sempre, mas, se pecasse, morreria.

v.21Existe alguma analogia com o sono de Adão e a criação de Eva?
            A morte de Cristo, pela qual Ele obteve a sua companheira, a igreja.

V.24 – Deus estabeleceu o casamento e a família que dela surge como a 1ª e mais importante instituição humana na terra. Um homem e uma só mulher, o que exclui o adultério, fornicação, divórcio, etc.
            Deus poderia ter formado a mulher do pó da terra também, mas preferiu fazê-la da carne e dos ossos do homem. O homem dá a vida a mulher, enquanto a mulher dá a vida  ao mundo.

            Três aspectos básicos do casamento:
1°) O homem deixa os seus pais e, em ato público, promete-se a si mesmo à sua esposa;
2°) Ambos assumem o compromisso de bem estar mútuo e amando um ao outro antes de qualquer pessoa;
3°) Ambos tornam-se um na intimidade.

Fontes: Bíblia de Estudo Pentecostal; O Novo Comentário Bíblico; Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

ESTUDO DE GÊNESIS 1

GÊNESIS 1
Aula Ministrada na FEC -  29/03/15

Deus criou em 1° lugar os céus e depois a terra.
         A Palavra Deus está no plural e o verbo no singular (no hebraico há 3 números / variações: singular, dual e plural), assim, a natureza de Deus é revelada nas primeiras palavras de Gênesis: uma trindade, mas um só Deus.
         Deus se revela na Bíblia como um ser infinito, eterno e como causa primária de tudo o que existe. Nunca houve um momento em que Deus não existisse.

O que significa o tempo de criação? É real ou ilustrativo?
         É possível admitir um período de tempo muito grande entre os versículos 1 e 2, sendo tal teoria mais aceitável do que aquela que os dias representariam milhares de anos – ver Ex 31.17.

O que consiste a criação do homem a imagem e semelhança de Deus?
         Segundo Goodman, a criação do homem a imagem e semelhança de Deus consiste  em ter uma vontade livre, o poder de agir por si mesmo, de escolher entre o bem e o mal e ter uma personalidade e responsabilidade moral.

O propósito da criação:
1ª) Deus criou os céus e a terra como manifestação da Sua glória, majestade e poder. Deus não precisava criar o universo, Ele escolheu cria-lo;
2ª) Ele queria prover um lugar onde o seu propósito para a humanidade fosse cumprido


v.16 (analogia) – O luzeiro maior é um tipo de Cristo, o sol da justiça (Malaquias 4.2). Moralmente, o mundo está agora no estado entre gênesis 1.3 e gênesis 1.16, não se vê o sol, mas há luz e Cristo é essa luz, resplandece nas trevas. Sob o ponto de vista da dispensação, a igreja está no lugar do luzeiro menor, a lua, que reflete a luz do sol. As estrelas representam os crentes individualmente.

v.26 – O homem foi criado, não evoluído de algum ser inferior.

         No versículo 28 começa a 1ª dispensação (Efésios 1.10) – é o período de tempo em que o homem é provado com respeito a sua obediência a alguma revelação específica da vontade divina.
         A 1ª dispensação foi à da inocência, o homem foi colocado num ambiente perfeito, sujeito a uma lei simples e advertido das consequências da desobediência. A mulher caiu pelo orgulho, o homem deliberadamente. Deus restaurou as suas criaturas pecaminosas, mas a dispensação da inocência terminou com o julgamento da expulsão  (Gênesis 3.24).

         As outras dispensações:
2ª) consciência (Gn. 3.23); 3ª) Governo Humano (Gn. 8.20); 4ª) Promessa (Gn. 12.1); 5ª) Lei (Ex. 19.9); 6ª) Graça (João 1.17); 7°) Reino (Ef. 1.10).

         No versículo 28 temos a 1ª aliança (do éden – vida do homem no estado de inocência) das 8 grandes alianças da Bíblia, que determinam a vida e a salvação do homem. As outras são:
2ª) adâmica (gn. 3.15); 3ª) Noé (Gn. 9.1); 4ª) Abraão (Gn. 15.18); 5ª) Moisés (Ex. 19.25); 6ª) Israel (Dt. 30.3); 7ª) Davi (2 Sm. 7.16); 8ª) Nova Aliança (Hb. 8.8).

Fontes: Bíblia de Estudo Pentecostal; O Novo Comentário Bíblico; Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.